Baixa Saxônia investe nas relações com o Brasil

Dois eventos reuniram, nesse mês, aproximadamente 100 empresas da Baixa-Saxônia, na Alemanha, para discutir as oportunidades de negócios no exterior. Os encontros, realizados nas cidades de Braunschweig e Osnabrück, foram promovidos pela Câmara de Comércio e Indústria do estado juntamente com Agência de Fomento Econômico da Baixa Saxônia, NGlobal.


No foco das discussões estavam os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), Estados Unidos, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Polônia e a região escandinava. Os empresários puderam se informar sobre as possibilidades de entrada nesses mercados e o apoio financeiro oferecido pelos respectivos governos no âmbito do comércio exterior, por meio de exposições dos representantes dos Centros de Negócios (Business Centers) mantidos pelo estado nesses países.


Michel Haddad, diretor de Comércio Exterior da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo, expôs um panorama sobre o mercado brasileiro durante o evento. O executivo afirma que, seguindo a tendência internacional, o estado da Baixa Saxônia voltou a investir nas relações com o Brasil. Ele estima que, das 1,2 mil empresas alemãs presentes hoje no País, cerca de 10% têm suas sedes neste estado alemão, como é o caso da Volkswagen, Continental, ZF e Schaeffler.


As consultas comerciais à Câmara de São Paulo dobraram nos últimos dois anos, segundo ele.


“O interesse pelo mercado brasileiro nunca foi tão grande. Empresas da Baixa Saxônia atuantes nas áreas de energia, logística, maquinário industrial e equipamentos médico-hospitalares vêem hoje um grande potencial no Brasil”, conta Haddad.


Para atender à crescente demanda, a instituição implantou em sua sede, em março desse ano, um Business Center da Baixa Saxônia. O objetivo do escritório de representação do estado é fornecer informações sobre o mercado brasileiro a empresas alemãs interessadas em se instalar no País.

dpa
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