No dia 30 de janeiro, representantes da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo) apresentaram propostas para a intensificação das relações bilaterais entre a Alemanha e o Brasil durante a visita do Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, à Brasília.
Manfredo Rübens, Presidente da AHK São Paulo e Presidente da BASF para a América do Sul, apresentou quatro propostas que são de importância estratégica do ponto de vista das empresas alemãs no Brasil: 1) a rápida ratificação do Acordo de Livre Comércio entre a União Europeia e o Mercosul; 2) a retomada das negociações sobre um acordo de bitributação; 3) a reativação de consultas governamentais bilaterais; e 4) o aprofundamento e alargamento da parceria energética.
“Queremos utilizar a atual dinâmica das mudanças geopolíticas e geoeconômicas para os interesses econômicos alemães no Brasil, e dar um novo impulso às relações bilaterais”, afirmou Manfredo Rübens. “A Alemanha deve perceber o Brasil como um ‘parceiro de valor’ que pode dar uma contribuição significativa para questões estratégicas como a diversificação e a descarbonização. Da perspectiva das nossas empresas associadas, é particularmente importante que ambos os países se vejam mais uma vez como parceiros de mesmo nível e compreendam a sua cooperação como uma contribuição para a resolução de desafios globais.”
Os resultados da 7ª Edição da Pesquisa de Conjuntura Brasil-Alemanha foram também anunciados durante a visita do Chanceler. Esta pesquisa é realizada duas vezes por ano pela AHK São Paulo e resume as perspectivas das empresas alemãs no Brasil. Quanto ao ponto de vista comercial nos seus setores, 56% das empresas respondentes afirmaram que a sua indústria irá se desenvolver positivamente em comparação ao ano anterior. As expectativas de volume de negócios também são positivas, embora um pouco mais moderadas: 22% das empresas respondentes esperam um aumento de seu faturamento entre 3% e 5%, enquanto mais de um terço prevê um aumento do seu volume de negócios de mais de 5%.
As oportunidades no setor das energias renováveis e da proteção climática estão se desenvolvendo particularmente bem: cerca de 60% das empresas questionadas já têm programas de proteção climática em vigor. A geração de energias renováveis é um campo de crescimento em que 41% das empresas já estão ativas. Elas atuam com diferentes fontes de energia, enfatizando ainda mais o potencial brasileiro: 28% com biomassa; 32% com energia eólica; 15% com gás natural; 30% com energia hidroelétrica; 28% com hidrogênio verde; e 45% com energia solar. O Brasil já produz 80% da sua eletricidade com centrais hidroelétricas, parques solares e eólicos. Isto torna o País predestinado a ser um fornecedor global de hidrogênio verde e um parceiro estratégico para a Alemanha para alcançar suas metas climáticas.
A crescente procura de energia verde está contribuindo para o aumento da importância do Brasil como local de investimento para a Alemanha. Por exemplo, 60% das matrizes das empresas respondentes da pesquisa indicam uma vontade de investir no Brasil e quase metade espera que a parte do Brasil no faturamento global da sua empresa aumente.
As propostas da comunidade empresarial alemã no Brasil para intensificar as relações bilaterais, bem como todos os resultados da 7ª Edição da Pesquisa de Conjuntura Brasil-Alemanha já estão disponíveis. Acesse aqui!