Diretoria da AHK São Paulo visita Bosch, em Campinas

Foto: Divulgação Bosch

A Diretoria da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo) se reuniu em Campinas na última quinta-feira (16) para conhecer de perto os projetos da Bosch voltados a formação profissional e inovação.

Recepcionados por Gastón Diaz Perez, CEO e presidente da Robert Bosch América Latina e Vice-Presidente da AHK São Paulo, o grupo de diretores da instituição assistiu a uma apresentação sobre a trajetória da companhia e seu processo para chegar ao posto de “climate neutral”, que ocupa desde 2020. Para 2030, a meta da companhia é reduzir as emissões em 15%.

Perez foi enfático ao defender a América Latina como potencial fornecedor global de alimentos e combustíveis. Falando sobre descarbonização da mobilidade, Perez defendeu que o etanol, aliado à eletrificação,  é uma solução estratégica para redução de emissões a curto prazo, especialmente para o Brasil.  

Adicionalmente, Gerson Fini, Presidente Regional de Powertrain Solutions da Bosch, compartilhou dados que corroboram o carro bioelétrico (híbrido a etanol) como a mais promissora aposta da indústria automotiva. Além de representar uma redução de emissões mais expressiva do que os carros elétricos, os híbridos podem garantir maiores ganhos econômicos ao Brasil. Essa quantia pode chegar a um faturamento de R$ 7,4 trilhões para a indústria ao longo dos próximos trinta anos.

Fini frisou que, além dos ganhos econômicos o veículo bioelétrico é o formato que mais faz sentido para a realidade brasileira, que tem etanol largamente produzido e distribuído e já possui mais de 80% da frota de veículos leves equipada como motores flex bicombustível gasolina-etanol. O diferencial do etanol é que ainda que o gás carbônico de efeito estufa emitido pela utilização do veículo é reabsorvido pelas próprias plantações de cana.

Quando aliado a um motor elétrico, o etanol supera o elétrico puro a bateria na redução de emissões de CO2. “No cálculo berço à roda, que compreende não apenas o uso do veículo, mas todas as emissões acumuladas desde a mineração de insumos e processos de fabricação, o híbrido se mostra muito mais competitivo”, explicou.

Após as discussões, o grupo de Diretores conheceu as instalações do Digital Talent Academy (DTA) e pode conversar com alunos do programa de qualificação. Inaugurado em 2021, O DTA prepara jovens em diversas competências digitais, que vão desde automação inteligente de processos e inteligência artificial até análise de dados e desenvolvimento de software. O DTA conta com a parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em Campinas. A maior parte da carga teórica é oferecida pelo SENAI, enquanto a parte técnica e prática é realizada na Bosch.

Por meio do programa, a companhia investe na qualificação de mão obra, absorvendo novos talentos e desenvolvendo soluções inovadoras de forma competitiva. 

O grupo visitou também o DigiHub, espaço colaborativo que visa conectar projetos e negócios focados em inovação e digitalização por meio de parcerias entre diferentes atores do ecossistema de startups. Paulo Rocca, Vice-Presidente de inovação e novos negócios, compartilhou com o grupo cases da iniciativa voltados à mineração e digitalização de processos.