Empresas alemãs procuram parcerias no setor têxtil brasileiro

Representantes de oito empresas alemãs do setor têxtil desembarcam no Brasil, no dia 15 de outubro, à procura de parcerias no mercado brasileiro. A delegação vem chefiada pelo presidente da Confederação das Indústrias Alemãs do Setor Têxtil e de Moda da Alemanha, Peter Schwartze, e participa de rodada de negócios com dirigentes de organizações brasileiras, na capital paulista. O programa da delegação também prevê visitas técnicas a indústrias têxteis e confecções localizadas na cidade de São Paulo e em Blumenau (SC). O retorno da delegação à Alemanha está previsto para o dia 20. A organização dos encontros empresariais é feita pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK Brasil, na sigla em alemão).

Os membros da delegação participarão de um evento na cidade de São Paulo, durante a qual o diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT), Fernando Pimentel, apresentará um panorama das oportunidades existentes na indústria têxtil e de vestuário brasileira. Na sequência, terão início as rodadas de negócios, já pré-agendadas, na capital paulista. Entre as principais cooperações desejadas estão distribuição de produtos no Brasil, formalização de representações comerciais, fornecimento de matérias-primas e até formação de joint ventures e aquisições.

“Brasil e Alemanha têm um histórico positivo de intercâmbio comercial e tecnológico no setor têxtil. Ao longo dos últimos três anos, a Alemanha se manteve na lista dos 15 principais  fornecedores do setor têxtil.  O objetivo desta delegação é estreitar ainda mais essa cooperação, ao viabilizar novas oportunidades em ambos os países. A visita a São Paulo e Santa Catarina, importantes polos de produção, é estratégica para atingir esse objetivo”, diz o diretor do Departamento de Comércio Exterior e Feiras da Câmara Brasil-Alemanha, Ricardo Castanho.

Atualmente, China, Índia e Indonésia lideram o ranking dos países que mais exportam produtos têxteis e confeccionados para o Brasil. “Frente ao perfil competitivo desses países, devido a seus baixos custos de produção, a Alemanha aposta no diferencial. Entre os produtos têxteis alemães mais importados pelo Brasil estão vestimentas especiais, adornos para tapeçaria, tecidos para decoração e para navegação, e encerados, entre outros.

O perfil completo das empresas que integram a delegação pode ser conferido por meio do site da AHK Brasil. Os interessados em conhecer essas empresas e até em participar das rodadas podem se inscrever pelo e-mail comex@ahkbrasil.com. Os encontros são acompanhados por intérpretes e assessores de comércio exterior da Câmara Brasil-Alemanha.

Setor têxtil brasileiro

O setor têxtil e de vestuário brasileiro movimenta anualmente cerca de US$ 60 milhões e emprega dois milhões de pessoas. Nas duas últimas décadas, a performance do setor oscilou bastante, devido principalmente à concorrência com produtos de origem asiática. O setor, no entanto, tem investido significativamente em modernização e renovação de maquinário, o que, aliado ao aumento do poder aquisitivo da população brasileira nos últimos anos e à consequente elevação da demanda por vestuário, trouxe novo fôlego ao mercado.

flickr.com/sarahgb
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