Representantes de oito empresas alemãs do setor têxtil desembarcam no País na próxima segunda-feira (15), à procura de parcerias no mercado brasileiro. A delegação vem chefiada pelo presidente da Confederação das Indústrias Alemãs do Setor Têxtil e de Moda, Peter Schwartze, e participa de rodada de negócios com dirigentes de companhias brasileiras, na capital paulista, organizadas pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo. O programa da delegação também prevê visitas técnicas a indústrias têxteis e confecções localizadas em São Paulo e em Blumenau (SC).
Na capital paulista, os membros da comitiva participarão de um evento em que o diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT), Fernando Pimentel, apresentará um panorama das oportunidades existentes na indústria de vestuário brasileira. Na sequência, terão início as rodadas de negócios, já pré-agendadas. Entre as principais cooperações desejadas estão a distribuição de produtos no Brasil, a formalização de representações comerciais, o fornecimento de matérias-primas e até a formação de joint ventures e aquisições. O retorno da delegação à Alemanha está previsto para o dia 20.
“Brasil e Alemanha têm um histórico positivo de intercâmbio comercial e tecnológico na indústria têxtil. Ao longo dos últimos três anos, a Alemanha se manteve na lista dos 15 principais fornecedores do setor. O objetivo desta delegação é estreitar ainda mais essa cooperação, ao viabilizar novas oportunidades em ambos os países. A visita a São Paulo e Santa Catarina, importantes polos de produção, é estratégica para atingir esse objetivo”, diz o diretor do Departamento de Comércio Exterior e Feiras da Câmara Brasil-Alemanha, Ricardo Castanho.
Atualmente, China, Índia e Indonésia lideram o ranking dos países que mais exportam produtos têxteis e confeccionados para o Brasil. Frente ao perfil competitivo desses países, devido a seus baixos custos de produção, a Alemanha aposta no diferencial. Entre os produtos têxteis alemães mais importados pelo Brasil estão vestimentas especiais, adornos para tapeçaria, tecidos para decoração e para navegação e encerados, entre outros.
O setor têxtil e de vestuário brasileiro movimenta anualmente cerca de US$ 60 milhões e emprega dois milhões de pessoas. Nas duas últimas décadas, sua performance oscilou bastante, devido principalmente à concorrência com produtos de origem asiática. O setor, no entanto, tem investido significativamente em modernização e renovação de maquinário, o que, aliado ao aumento do poder aquisitivo da população brasileira nos últimos anos e à consequente elevação da demanda por vestuário, trouxe novo fôlego ao mercado.