O setor de máquinas-ferramenta da Alemanha quer trabalhar ativamente no desenvolvimento e na modernização da indústria brasileira. Para isso conta não só com o seu alto desenvolvimento tecnológico, mas também com o reconhecimento à eficiência, precisão, confiabilidade e qualidade de seus produtos. Esta foi a mensagem de Martin Kapp, Presidente da Associação Alemã dos Fabricantes de Máquinas-Ferramenta (VDW na sigla em alemão), nesta terça-feira (15), na abertura do simpósio “Máquinas-ferramenta e Sistemas de Manufatura Alemãs”, em São Paulo.
“O que conta para nós é o sucesso e a satisfação do cliente”, declarou Kapp, no evento promovido pela Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo. “Não se trata de priorizar exclusivamente a venda. O processo de recomendação, financiamento, manutenção e treinamento também faz parte de nosso negócio e aí reside um dos grandes diferenciais da indústria alemã”, afirmou.
O executivo rebateu as avaliações de que as máquinas alemãs são caras. “Se analisarmos o ciclo de vida de uma máquina, constatamos que uma maquina dita ‘cara’ oferece um retorno econômico que justifica o seu valor”, argumentou.
Mercado – A produção do mercado alemão de máquinas-ferramenta movimentou, em 2009, €10,2 milhões. Para 2011, estima-se um crescimento de 30%, levando o mercado aos patamares pré-crise. O setor, que emprega 65 mil pessoas, é dominado pelas empresas de pequeno e médio porte.
A indústria automobilística (37%) seguida pela de máquinas e equipamentos (30%) são os maiores compradores de máquinas-ferramenta alemãs. Outros consumidores importantes incluem a indústria metalúrgica, eletrotécnica, naval, produção de trilhos e tecnologia médica.
Tradicionalmente, 66% da produção alemã destinam-se às exportações. China, Estados Unidos, Rússia, Suíça, Itália e Índia são os maiores receptores. Para manter a posição de liderança no mercado mundial, as empresas alemãs de máquinas-ferramenta investem em média, anualmente, 6% do seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento.
Brasil – Segundo a VDW, o Brasil ocupa a sétima posição no ranking mundial dos mercados de máquinas- ferramenta. Mais de 50% da demanda brasileira é atendida por produtos importados. O País ocupa a 13ª posição no ranking de destino de exportação das máquinas-ferramentas alemãs.
As empresas alemãs de máquinas ferramenta atuantes no Brasil movimentam anualmente mais de €160 milhões em negócios, atendendo prioritariamente o mercado nacional