Pesquisa da DIHK aponta perspectivas para investimentos internacionais de empresas alemãs

Foto: Divulgação – DIHK

Para traçar as perspectivas para 2024 do empresariado alemão no mundo, a Câmara Alemã de Comércio e Indústria (DIHK, em sua sigla em alemão) divulgou os resultados de uma edição especial de sua Pesquisa de Conjuntura. Mais de 1.900 empresas alemãs foram analisadas para o estudo.

Reunindo informações específicas sobre os investimentos estrangeiros das empresas alemãs, o levantamento indicou que “a competitividade decrescente na Alemanha como local de produção, adicionada a uma economia fraca, riscos geopolíticos e um número crescente de barreiras comerciais” são fatores determinantes para os investimentos estrangeiros por parte das empresas alemãs. 

“Durante muitos anos, os investimentos estrangeiros de empresas alemãs beneficiaram a Alemanha como local de negócios. Mas a maré está mudando: cada vez mais empresas investem no estrangeiro porque a Alemanha é muito cara e complicada para elas”, disse Ilja Nothnagel, Membro do Conselho Executivo da DIHK.

Entre as indústrias com planos de investimento fora da Alemanha, 35% citaram a “redução de custos” como principal motivo. “Infelizmente, esta é uma reação à deterioração das condições da política econômica no país”, refletiu Nothnagel, completando que a pesquisa revela urgência de ação na política econômica da Alemanha, com medidas para driblar os elevados custos de energia e a escassez de trabalhadores qualificados.

Apesar dos desafios encontrados para produção nacional, apenas 30% dos entrevistados indicaram que pretendem aumentar seus orçamentos de investimento estrangeiro, em comparação com 31% no ano anterior;  23% dos respondentes revelaram que planejam fazer cortes. ” Os altos custos, a incerteza estrutural devido à conjuntura geopolítica, à digitalização e aos preços da energia estão deixando os orçamentos de investimento também sob pressão”, comentou Nothnagel.

Nas regiões-alvo do investimento estrangeiro, a diversificação e a reorganização contínuas das cadeias de suprimentos são listadas como urgência.

A proporção de empresas ativas no exterior que atuam na América do Sul e Central caiu ligeiramente de 20% para 19%. No entanto, ela continua acima da média de 17%. O saldo de investimentos estrangeiros planejados por empresas que desejam investir na região aumentou de 23% para 25%. Entre os principais motivos para o investimento está a economia de custos (23%, diante da média de 13% desde 2010).

 Acesse os resultados da pesquisa na íntegra aqui (em alemão)