“Setor privado criará economia verde”, afirma Ministro do Meio Ambiente em reunião da Câmara Brasil-Alemanha

Foto: AHK São Paulo.

A Diretoria da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo se reuniu nesta sexta-feira (18) para discutir perspectivas sobre o cenário econômico no Brasil e na Alemanha e oportunidades de cooperação bilateral nos temas que envolvem sustentabilidade.

Responsável pela condução da reunião, Manfredo Rübens, Presidente da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo e Presidente da BASF para a América do Sul, deu as boas-vindas aos participantes e iniciou a reunião com a apresentação dos novos membros da Presidência da instituição. Passam a integrar o quadro de Vice-Presidentes: Eliane Siviero, CEO da Lanxess; Detlef Dralle, Diretor-Presidente da HTB; e Martin Duisberg, Chief Representative da DZ BANK.

Rübens parabenizou os executivos e agradeceu por seu envolvimento. “Obrigado, colegas, por aceitarem se engajar ainda mais nas atividades da nossa Câmara. Prometo continuar com muita energia e engajamento o nosso trabalho em prol de nossos associados e das relações bilaterais”, disse Rübens.

Em seguida, o Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Alvaro Pereira Leite, teve a oportunidade de se dirigir aos membros da Diretoria da instituição. Durante sua apresentação, compartilhou um panorama a respeito das estratégias da pasta para temas de interesse para o empresariado alemão, como combate ao desmatamento ilegal e mercado de créditos de carbono. Se aprofundando nas discussões a respeito do mercado de carbono, o Ministro Leite destacou que este mercado é uma grande oportunidade para o Brasil estabelecer negócios com a Alemanha.

“Esse diferencial brasileiro se dá por uma combinação de muitas características. Nosso mercado nacional terá taxonomia mínima, com integralidade ambiental e adicionalidade dos créditos, além de fontes de energias renováveis e fontes de recuperação da floresta nativa. O desenho que fizemos parte do estabelecimento de parcerias bilaterais com outros países na criação de nosso mercado nacional”, afirmou, completando que quem tiver interesse em participar terá que atender a requisitos específicos, entre eles uma curva de neutralidade de carbono até 2050.

Outro projeto apresentado pelo Ministro foi o programa de redução de metano. “Nosso objetivo é zerar as emissões de metano proveniente de resíduos orgânicos e, assim, transformar propriedades rurais em postos de combustível. Queremos incentivar novas tecnologias para preparar as regiões do Brasil para transformar resíduos orgânicos em atividade econômica”, explicou Leite. “Queremos acelerar a transição para uma nova economia verde, transformando desafios ambientais em geração de empregos verdes.”

Para ele, o setor privado desempenha um papel fundamental neste processo, visto as novas oportunidades de investimento no Brasil relacionadas a uma nova economia verde.  “É o setor privado que criará uma nova economia verde no futuro”, concluiu.

A reunião contou ainda com a tradicional participação do Cônsul Geral da Alemanha em São Paulo, Dr. Thomas Schmitt, que atualizou os participantes acerca do cenário político alemão, bem como o impacto da variante Ômicron no país.