Sobre trilhos

O mercado mundial para tecnologia ferroviária – que movimenta anualmente em média € 90,5 bilhões – deve crescer cerca de 4% ao ano até 2016, segundo prognóstico da Roland Berger e da Associação da Indústria Ferroviária Europeia – Unife (the Association of the European Rail Industry). Somente na Alemanha o setor faturou € 9,9 bilhões em 2008, representando quase um terço do total gerado na Europa Ocidental.


“O sucesso desse segmento industrial na Alemanha baseia-se em uma grande gama de fornecedores de médio porte que, nos últimos anos, vem se desenvolvendo de maneira produtiva e inovadora”, avalia Andreas Becker, porta-voz da Comissão de Exportadores da Associação da Indústria Ferroviária na Alemanha – VDB (Verband der Bahnindustrie in Deutschland), que chefiou uma delegação de 25 empresários do segmento para o Brasil.


O grupo, que permanece no País até 14 de março, veio em busca de oportunidades para fabricantes alemães de médio porte de sistemas ferroviários e vai passar por São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. “Buscamos fazer contatos e entender o funcionamento do mercado brasileiro. O potencial para fornecedores alemães é enorme”, ressalta.


Na AHK-SP participaram de rodadas de negócios com empresas brasileiras do setor. Esta não é, no entanto, a primeira vez deles no País. Os empresários estiveram em São Paulo para participar, em novembro passado, da feira Business on Rail Show, e já planejam retornar. “Somente com perseverança e estreitamento de relacionamento poderemos descobrir oportunidades de cooperação”, ressalta.


Oportunidades


 Becker destaca que a América Latina e a África são regiões que mais crescem para tecnologias ferroviárias. A Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 devem, de acordo com ele, dar um impulso no segmento no Brasil. “Esses campeonatos vão exigir uma preparação brasileira na construção e modernização da infraestrutura de transporte”, ressalta.

Deutsche Bahn/Divulgação
Deutsche Bahn/Divulgação