A BASF vai ampliar, a partir deste ano, os modelos de operações de Barter no cultivo de Café aos agricultores que optarem por este tipo de negociação com a companhia. Os novos sistemas ajudam a agregar valor e travar os custos de produção, protegendo tanto o cafeicultor como a empresa da exposição às variações do preço do café no mercado, ao longo da safra.
“A partir deste ano, por exemplo, o cafeicultor pode fixar o preço por um, dois ou três anos na operação com a BASF. Vale lembrar que oferecemos, inclusive, um incentivo a mais para aqueles que optarem pelo prazo mais longo”, comenta Stael Prata, gerente de Marketing Cultivos e Portfólio de Milho e Café. Para ele, todos ganham com a operação. “O produtor assegura os ganhos em termos de preço e a BASF ganha em fidelidade. Nosso objetivo é fazer com que o cafeicultor se lembre da excelência da BASF toda vez que pensar em barter”, acrescenta.
O volume de negociações pagas com a produção ganhou força na BASF. No final de 2018, essa modalidade de negócio representou 40% do faturamento total da companhia. Em 2017, esse índice era de 30%. A operação é fechada no momento da compra dos insumos, quando a BASF e o agricultor fazem a avaliação do investimento em produtos e da cotação do café. O lastro da negociação futura é feito por meio da Cédula do Produtor Rural (CPR) e o pagamento é feito lá na frente, após a colheita. “Isso dá flexibilidade ao produtor, porque ele consegue fazer o investimento no momento que precisa e paga só quando fizer a colheita”, finaliza Prata.
Para este ano, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra 2019 do grão do Tipo Arábica ficará entre 36,12 e 38,16 milhões de sacas, uma redução entre 24% e 19% em comparação à colheita anterior. De acordo com a Conab, a expectativa de queda na produção é causada pela bienalidade negativa da lavoura.