Bayer realiza encontro para discutir avanços nas culturas de milho e de soja em Sorriso (MT)

Foto: Divulgação Bayer

O município de Sorriso, em Mato Grosso, é conhecido como a capital nacional do agronegócio e o maior produtor de soja do mundo, com quase 600 mil hectares de área plantada, produzindo mais de 2 milhões de toneladas do cereal por safra, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É também onde há 20 anos a Bayer instalou uma unidade, que hoje é um dos centros estratégicos de inovação em Pesquisa e Desenvolvimento para a América Latina. O local foi escolhido para o sediar o segundo evento da iniciativa do Clube da Inovação Soja, movimento liderado pela Bayer, que foi criado para defender, incentivar tecnologia, inovação e sustentabilidade na cadeia da soja.

“A unidade é uma peça-chave para nossa atuação. Tem capacidade de analisar mais de meio milhão de plantas de soja por ano e testar 25 mil potenciais linhagens em estágio inicial de pesquisa. Em milho, mais de 75 mil plantas são polinizadas e utilizadas para gerar híbridos para todo o país, principalmente para a segunda safra dos Cerrados”, comenta Geraldo Berger, Vice-Presidente para Assuntos Regulatórios para América Latina da divisão agrícola da Bayer. “Além disso, é um importante polo para conduzirmos testes que vão promover as melhores soluções para os problemas atuais enfrentados pelos produtores da região, como a podridão de grãos e vagens da soja.” Além de Sorriso, a Bayer está ampliando os investimentos em Mato Grosso com a inclusão de mais quatro unidades de pesquisa e desenvolvimento.

Durante o encontro, especialistas apresentaram caminhos e soluções desenvolvidos a partir de pesquisas e estudos sobre um tema bastante relevante para os produtores da região: podridão de grãos e vagens da soja. Além de traçar um cenário sobre o futuro das culturas.

Há pelo menos quatro safras, produtores de soja em Mato Grosso, têm relatado o apodrecimento de grãos e vagens durante a fase de enchimento de grãos. Em busca de possíveis soluções para o problema, uma parceria entre a Bayer e uma rede composta por instituições de pesquisa como a Embrapa, Fundação MT e empresas de consultorias estão conduzindo experimentos de forma integrada para entender a questão e como amenizar os impactos, explica Miller Lehner, Melhorista de Soja da Bayer.

“Investimos globalmente cerca de 2,8 bilhões de euros em pesquisa e desenvolvimento por ano para buscar soluções para os desafios atuais e futuros enfrentados no campo. Diante dos estudos que temos desenvolvido, observamos que o manejo integrado de doenças, incluindo o uso de sementes sadias, variedades resistentes/tolerantes, seleção das melhores biotecnologias para a região, uso de defensivos, como fungicidas, e produtos biológicos, assim como o cuidado com o solo, são fundamentais para enfrentarmos todo e qualquer obstáculo que possa vir a aparecer”, destaca Lehner.

Além de inovações para a sojicultura, a companhia apresentou novidades para o portfólio de milho, entre elas o milho de baixa estatura, parte do Smart Corn System e a ampliação de pesquisas voltadas para o lançamento de novos híbridos.

A unidade de Sorriso também apoia a equipe de teste na avaliação de 46 mil parcelas de soja e 57 mil parcelas de milho, o que representa mais de 650 mil dados para serem usados em avaliações de teste para as duas culturas.

O tema de combate a cigarrinha do milho também foi um dos destaques, uma vez que a praga é capaz de reduzir em mais de 70% a produção de grãos em uma lavoura, segundo a Embrapa. “Desde a safra 2021/22 a Bayer, junto da agtech SIMA, vem monitorando as lavouras de milho por meio do Esquadrão de Combate à Cigarrinha. Por meio de uma rede colaborativa entre consultores, agricultores e pesquisadores, são gerados mapas e relatórios em tempo real que ajudam o produtor a tomar decisões baseadas em dados, evitando os danos causados pelo complexo de enfezamento”, conta Rodrigo Nuremberg, Diretor de Negócios de milho da Bayer.

Nuremberg também ressalta que além do monitoramento continuo, aplicar práticas que envolvem manejo integrado de pragas (MIP) e adotar medidas de controle químico tem colaborado para a diminuição das perdas nas lavouras.