Recém-empossado chanceler Olaf Scholz abre nova era na Alemanha

Foto: Divulgação AHK Paraná

Eleito pelo parlamento, chefiará a coalisão tripartite ao lado dos verdes e dos liberais

Nascido em Osnabrück, no estado da Niedersachsen, o advogado Olaf Scholz chega à chefia do país mais poderoso da Europa aos 63 anos. O político percorreu um caminho rico em experiências desde que se filiou ao SPD em 1975, quando ainda estava no Ensino Médio.

Em 1998 foi eleito pela primeira vez deputado federal. Já em 2007 foi Ministro do Trabalho e Assuntos Sociais, tendo sido  eleito prefeito de Hamburgo em 2011, cargo que ocupou até 2018. Na prefeitura, entre os seus legados está a finalização da Elbphilharmonie Hamburg, a mais perfeita sala de concertos em termos acústicos do mundo. Em 2018, assumiu o ministério das Finanças e, ao mesmo tempo, foi vice-chanceler federal, já no governo de Angela Merkel.

Há quem diga que ele seguiu o caminho natural para a sucessão de Merkel e, por isso, fará um governo de continuidade. Outros dizem que as alianças que o permitiram chegar à chancelaria não o deixarão governar em paz e terá que gerenciar disputas devido às diferenças entre o Partido Verde, o liberal FDP e o social-democrata SPD. Mas isso nunca foi um problema para Olaf Scholz, conhecido pelo seu autocontrole. É muito raro que demonstre emoções: pessoas ao seu redor disseram que nunca o viram se exaltar ou gritar.

Por outro lado, o político sabe ser insistente em suas ideias e mirar objetivos. Tanto que o periódico Die Zeit o apelidou de “Scholzmat, uma mistura de seu sobrenome com o termo “Automat”, que significa “máquina automática”. No dia de sua posse, 8 de dezembro, apresentou o seu plano de governo com medidas de contenção da pandemia com ordem de início imediato. Inclusive, esse é seu ponto sensível. Como ministro das Finanças, o político liberou uma série de pacotes de auxílio a empresas e cidadãos que aumentou a dívida do país em 400 bilhões de euros. No entanto, em sua visão, a situação será corrigida em menos de 10 anos.

A pandemia é, na verdade, um dos principais pontos de seu plano de governo, com previsão de pagamento de bônus aos profissionais de saúde, estabilização da crise entre estados, reforço de vacinas e, até, a polêmica obrigatoriedade da vacina, extremamente criticada pelos alemães que saíram às ruas no último final de semana para protestar contra a medida.

No cenário internacional, experts afirmam que o foco é de continuidade da política desenvolvida pela famosa antecessora, Angela Merkel. Ou seja, capitalismo sim, mas com um olhar para o social e fortalecimento da União Europeia. Leia mais sobre o tema nos links https://bityli.com/X16ZLQ, https://bityli.com/VFkJM3  e https://bityli.com/O5SDiv.