Transformação energética é o desejo da União Europeia

Foto: Divulgação AHK Paraná

Rigorosas metas de economia, novas fontes de energia e muita tecnologia prometem viabilizar a proteção climática até 2030

Hidrogênio verde, usinas que combinam calor e energia e digitalização. O que essas três palavras têm a ver com o aumento da eficiência energética de indústrias e cidades?

A Comissão Europeia discute neste mês o aumento das metas de proteção climática e, para isso, ajusta os requisitos de eficiência energética, o que abre caminho para a utilização de novas fontes de energia renováveis e limpas. O pacote Fit for 55, traz novos objetivos de economia no consumo de energia primária até 2030. A ideia é reforçar o compromisso de diminuição energética e aumentar a utilização de fontes limpas para 55%.

Alguns setores-chaves estão na mira do novo projeto europeu. Entre eles o poder público – responsável pela economia de energia nos municípios. Um dos vilões é o aquecimento da população, cidades e indústrias. Hoje, pouco menos de um sexto do calor consumido vem de fontes renováveis.  No entanto, as cidades, cada vez mais inteligentes, deverão garantir que pelo menos 60% do aquecimento urbano venham de energias renováveis. Além disso, as licitações de edifícios públicos trarão especificações mais rígidas de consumo de energia por parte dos concorrentes e a instalação de medidores inteligentes passará a ser obrigatória em novas construções.

O que se espera é uma verdadeira transição energética, como explica o professor Raphael Lechner, responsável pelos sistemas de energia digital e integração do OTH Amberg-Weiden. “Hoje usamos muito gás natural, que é um combustível fóssil. A ideia é concentrar esforços no hidrogênio, já que trata-se de um combustível de alto potencial energético e pode ser produzido sinteticamente. Além disso, essa fonte permite o armazenamento de energia”, esclarece.

O processo power-to-gas, o “excesso” de eletricidade oriunda de fontes limpas como a eólica, é usado para produzir hidrogênio. Assim, o gás poderá alimentar parcialmente a rede de gás natural ou poderá ser temporariamente armazenado em tanques, para posteriormente ser convertido novamente em energia. “Essa capacidade de conversão e armazenamento de energia torna a tecnologia do hidrogênio altamente eficiente e protagonista dessa evolução energética”, finaliza Lechner.

Quer saber mais sobre o tema? Leia as matérias na íntegra:

https://www.pv-magazine.de/unternehmensmeldungen/gruenen-wasserstoff-effizient-einsetzen/

https://idw-online.de/de/news772572

https://www.energate-messenger.de/news/213547/neue-eu-energieeffizienz-richtlinie-nimmt-auch-netzbetreiber-in-die-pflicht