22 de outubro de 2025 Nenhuma imagem disponível na galeria.
A Aldeias Infantis SOS está levando a experiência brasileira em respostas humanitárias para Cabo Verde, em apoio à população da Ilha de São Vicente, duramente atingida por uma tempestade tropical que deixou vítimas e centenas de desabrigados. A missão marca um novo passo na cooperação entre os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e tem como objetivo compartilhar metodologias e boas práticas desenvolvidas no Brasil, fortalecendo a resposta à emergência climática que atingiu o arquipélago africano.
Nos últimos anos, a Aldeias Infantis SOS no Brasil consolidou uma atuação reconhecida em contextos de crise humanitária, especialmente durante o desastre ambiental ocorrido em Porto Alegre (RS) em 2024. Essa experiência foi fundamental para que a equipe brasileira fosse convidada a contribuir com a missão em Cabo Verde. A Coordenadora Técnica do Projeto de Ação Humanitária no Rio Grande do Sul, Roberta Botezine, viajou até o país africano para atuar junto às equipes locais na implementação de ações emergenciais.
Segundo a especialista, quando se fala em emergências climáticas, é possível perceber que a natureza pode ser implacável com todos, mas seus efeitos são ainda mais graves para famílias que já convivem com vulnerabilidades sociais, como falta de renda, insegurança alimentar e moradia precária. É sobretudo para essas famílias que a organização pretende levar os aprendizados acumulados no Brasil para enfrentar os desafios em Cabo Verde.
No Brasil, a trajetória da Aldeias Infantis SOS inclui uma série de respostas a crises climáticas e humanitárias em diferentes regiões. Em 2021 e 2022, a instituição atuou nas enchentes no sul da Bahia, com a criação de Espaços Seguros, Espaços de Conectividade e Núcleos de Apoio a Famílias em Situação de Emergência. Em 2023, prestou apoio às comunidades afetadas por deslizamentos no Litoral Norte de São Paulo, com mobilização de equipes e doações. Já em 2024, teve atuação histórica nas enchentes do Rio Grande do Sul, beneficiando mais de 18 mil pessoas e distribuindo 105 toneladas de suprimentos, além de oferecer apoio psicossocial e atividades educativas.
Desde 2018, o programa Brasil Sem Fronteiras, também conduzido pela organização, já acolheu mais de 5 mil migrantes, entre venezuelanos e afegãos, em parceria com o ACNUR, garantindo moradia, regularização de documentos e acesso a serviços básicos. Essa trajetória reforça o compromisso da Aldeias Infantis SOS em promover solidariedade e cooperação internacional para proteger crianças e famílias em contextos de vulnerabilidade.
