Alimentos orgânicos ganham espaço

Em 2008, cerca de 154 países cultivavam um total de 35 milhões de hectares de alimentos orgânicos, movimentando US$ 50 bilhões, revela um relatório divulgado pelo Instituto de Pesquisa de Agricultura Orgânica – FiBL (Forschungsinstitut für biologischen Landbau) em parceria com a Federação Internacional dos Movimentos de Agricultura Orgânica – IFOAM (International Federation of Organic Agriculture Movements).

De acordo com a pesquisa, o país que mais produz esse tipo de alimento é a Austrália, com 12 milhões de hectares, seguida pela Argentina (4 milhões de hectares) e pela China (1,9 milhão de hectares). No entanto, a maior parte desses produtos tem como destino a América do Norte e a Europa.

Mercado

A crescente preocupação com doenças como diabetes e hipertensão, o envelhecimento da população e o consequente aumento da demanda por produtos para a saúde são apontados como os principais fatores que contribuem para que a Alemanha seja o maior mercado para os orgânicos na Europa.

O segmento, que movimentou € 5,8 bilhões em 2009 no país, já representa 6,5% das vendas totais de alimentos no mercado interno, de acordo com um relatório da agência Germany Trade & Invest. Há dez anos havia cerca de 50 supermercados especializados em alimentos orgânicos na Alemanha, hoje eles já são mais de 500. Prova de que o setor tem conquistado cada vez mais espaço no mercado.

No Brasil, a produção de alimentos orgânicos representava, em 2006, aproximadamente 1,8% do total de alimentos cultivados, de acordo com o último Censo Agropecuário realizado pelo IBGE. Aproximadamente 60% deste total eram exportados, principalmente para o Japão, Estados Unidos e União Europeia, destacando-se produtos como soja, açúcar e arroz.