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No dia 13 de março, a Câmara Brasil-Alemanha (AHK São Paulo) promoverá, em parceria com a PwC, um evento para apresentar os resultados da pesquisa com um recorte especifico para a perspectiva do empresariado alemão.
O evento tem como objetivo discutir o panorama das companhias alemãs no Brasil para 2025, assim como as tendências que CEOs e Presidentes de nossas associadas apontam como essenciais nos próximos anos e os principais desafios para um crescimento robusto no volume de negócios. Os insights são extraídos da 28ª Global CEO Survey, da PwC.
O evento gratuito será realizado no Espaço Aroeira, em São Paulo, e terá início às 16h. Para mais informações e fazer sua inscrição, clique aqui.
CEOs brasileiros confiantes, mas atentos a riscos
A pesquisa ouviu mais de 4.700 CEOs de mais de 100 países, incluindo o Brasil, entre outubro e dezembro de 2024. A PwC, que atua em 151 países e está há mais de 100 anos no Brasil, realiza a pesquisa anualmente para captar as perspectivas, preocupações e prioridades dos líderes empresariais ao redor do mundo. Com a influência alemã no seu DNA industrial, o Brasil trilha o seu próprio caminho em relação as perspectivas de negócios para este ano: 73% dos líderes brasileiros acreditam na aceleração do crescimento da economia do País nos próximos 12 meses. Por outro lado, fatores como instabilidade macroeconômica e riscos cibernéticos são vistos como algumas das principais ameaças à frente.
Apesar dos desafios e do cenário global de tensões geopolíticas e comerciais, 68% dos CEOs no Brasil esperam que o crescimento da economia global se acelere nos próximos 12 meses. O resultado significa um forte aumento em relação aos 36% da pesquisa de 2024 e aos 17% de 2023.
De acordo com Marco Castro, Sócio-Presidente da PwC Brasil, as perspectivas dos líderes empresariais sobre a economia surpreendem diante do contexto de tensões geopolíticas, mas eles continuam apreensivos com a sobrevivência de suas empresas diante da urgência da reinvenção. “Entre os obstáculos estão processos de decisão ineficazes, baixos volumes de realocação de recursos e um desalinhamento entre a duração do mandato dos CEOs e as necessidades de transformação de longo prazo”, afirmou.
Nas projeções relativas ao desempenho das suas empresas, 50% dos CEOs do País acreditam no crescimento das companhias em 2025 e 54% fazem essa projeção para os próximos três anos.
No campo das preocupações, 30% dos líderes consideram a falta de mão de obra qualificada a principal ameaça de perdas financeiras nos próximos 12 meses, seguida de instabilidade macroeconômica (27%), riscos cibernéticos (26%), inflação (24%) e disrupção tecnológica (21%).
“A questão dos talentos qualificados é uma queixa recorrente, por exemplo, das áreas de tecnologia das empresas, entre várias outras. Uma vez que se pensa em expandir o uso da IA generativa e colocá-la no centro das estratégias dos negócios, faz sentido que essa preocupação tenha chegado aos CEOs”, comentou o sócio presidente.
Mergulho na IA
Não é novidade que a Inteligência Artificial é o assunto chave da vez. De acordo com a pesquisa, um terço dos CEOs do Brasil e no mundo apontam que a tecnologia contribuiu para o aumento de receita e lucratividade das suas empresas. No Brasil, o nível de confiança na integração da IA aos processos essenciais da empresa é significativamente maior do que no mundo: 51%, ante 33% globalmente.
Cerca de 52% dos CEOs brasileiros indicam que a IA generativa resultou em ganhos de eficiência no uso do tempo dos funcionários, enquanto cerca de um terço identifica aumento de receita (34%) e lucratividade (31%).
Em relação ao futuro, os líderes indicam as maiores prioridades nos próximos três anos para integrar a IA (incluindo a generativa). As duas principais são a integração a plataformas tecnológicas (69% no Brasil e 47% no mundo) e processos de negócios e fluxos de trabalho (56% no Brasil e 41% no mundo). A integração à força de trabalho e competências foi citada por 46% no Brasil e 31% no mundo. Menos CEOs planejam usar a tecnologia para desenvolver novos produtos e serviços (42% no Brasil e 30% no mundo) ou reformular a estratégia do core business (33% no Brasil e 24% no mundo).
Brasil como mercado estratégico
Após passar mais de uma década na lista dos 10 países mais importantes para as perspectivas de crescimento geral das organizações, o Brasil continua fora desse grupo em 2025. Além de subir uma posição no levantamento, o País teve aumento de um ponto percentual (de 3% de menções para 4%) na comparação com 2024. “É importante registrar que os países empatados em 5º lugar, Índia e França, foram citados por 7% dos CEOs que responderam à pesquisa, de modo que não há grande diferença entre eles e o Brasil, mesmo que no ranking nosso país esteja em 13º lugar”, pontua Marco.
Do ponto de vista dos CEOs brasileiros, os EUA, mesmo com uma queda acentuada (de 44% de menções em 2024 para 36%), continuam sendo o principal mercado estratégico. A China, por outro lado, perdeu relevância de forma significativa, dando continuidade a uma tendência já observada no ano anterior – desde 2023, a queda acumulada no interesse dos CEOs do Brasil pelo mercado chinês é de 22 pontos percentuais (32% em 2023, 24% em 2024 e 10% em 2025).