Diversidade e ambiente inclusivo como diferencial competitivo

action-2277292_1280Vivemos em uma sociedade dinâmica, ávida por novidades e mudanças, com empresas cada vez mais especializadas e competitivas em busca constante por inovações que surpreendam o mercado e revolucionem os negócios. Para isso, aumentam-se os investimentos em pesquisas e novas tecnologias, a busca por profissionais mais qualificados e o trabalho de proteção da informação.

Algo que as companhias começam a perceber é que a inovação pode surgir a qualquer momento, em qualquer lugar, desde que haja um ambiente propício para a geração de novas ideias.

É neste momento que entra a gestão da diversidade e o ambiente inclusivo. Muito se fala sobre a diversidade como uma iniciativa de recursos humanos e de sustentabilidade, como uma ferramenta para proporcionar oportunidades de trabalho para todos. Mas o que pouco se percebe é que um ambiente de trabalho inclusivo contribui diretamente para fomentar a inovação.

Uma equipe homogênea, com perfil similar, tende a oferecer sempre as mesmas soluções. Já um time formado por pessoas de origem, cultura, idade, formação, experiência e história de vida bem diferentes traz à área um guarda-chuva imenso de oportunidades para discussões produtivas, com pontos de vista e argumentos bastante diversos.

Mas é importante saber que a diversidade não se limita à termos equipes diversas. Construir um ambiente inclusivo é essencial para que a diversidade se torne, de fato, um diferencial competitivo. É fundamental que todos se sintam de fato, acolhidos e confortáveis em oferecer a melhor performance e participar ativamente de debates e decisões, além de ousar em trazer novas ideias, sem medo do erro ou da censura.

Colaboradores que se deparam com uma gestão pouco aberta, preconceituosa ou conservadora dificilmente se sentirão comprometidos, consequentemente estarão menos motivados e engajados na busca por soluções criativas. Para o desenvolvimento de um cenário favorável à inovação é necessário a construção de um ambiente onde os contrapontos sejam bem-vindos, tanto por parte da liderança como pelos demais membros da equipe. Isto contribuirá para que as decisões sejam mais maduras, com argumentação sólida.

Outra boa prática inclusiva que contribui para inovação é convidar para reuniões de brainstorm colaboradores de áreas alheias ao tema em questão a fim de possibilitar soluções inéditas e “fora da caixa”.

Quando o grupo abre espaço para alguém de fora daquela atividade apresentar sugestões de melhoria, pode ser muito produtivo, pois aquele colaborador terá condições de avaliar o cenário por um ângulo diferente da equipe que já está habituada à rotina da área.

Inovar é sair do lugar comum e, para isso, precisamos ousar na maneira de fazer a gestão de equipes, buscando novos perfis, fugindo do padrão convencional.

Guilherme Bara, Gerente de Relacionamento e Diversidade da Fundação Espaço Eco.

 

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