Transformar documentos formais, como atas de reunião, balanços, pesquisas e relatórios em materiais visualmente interessantes, de fácil compreensão e interpretação não é uma tarefa fácil. O Design Gráfico pode ser entendido como uma prática utilizada para comunicar uma ideia ou conceito, por meio de um processo criativo e sistematizado, utilizando um conjunto de elementos formais.
Em outras palavras, desenvolver um design para uma empresa é também promover uma identidade visual que proporciona o reconhecimento da instituição em projetos, mídias sociais, eventos e publicações.
Todos os tipos de design que conhecemos hoje têm sua origem no desenho industrial e na concepção de produtos, algo que foi fortemente influenciado pela revolução industrial na Europa e, principalmente, na Alemanha.
Nos redutos de arte, como o de Bauhaus, aconteciam discussões que buscavam um conceito estético e formal para a produção industrial. A German Art Staatliches Bauhaus uniu o processo de produção industrial ao momento artístico-criativo e técnico-material, bem como influenciou toda a configuração do design moderno.
Mas, afinal, por que os componentes visuais funcionam tão bem? Uma possível resposta é a rapidez. Em uma cultura tecnológica, em que há sobrecarga de informações e cada vez mais as pessoas são estimuladas visualmente, uma imagem pode se comunicar de forma rápida, concisa e memorável.
A identidade visual é muito mais do que uma série de imagens, ela também transmite as relações de negócios que estão sendo vividas e conceitos fundamentais ao público-alvo de sua empresa.
Por exemplo, compare o desenvolvimento do design do nosso logotipo:
Em 1954, a Confederação Alemã das Câmaras de Comércio e Indústria (Deutscher Industrie- und Handelskammertag – DIHK) criou seu primeiro selo de identificação. Nele foi inserido o nome completo da entidade na borda superior e a identificação da cidade em que estávamos localizados.
A partir da década de 80, adotamos o padrão internacional do logotipo. Nesse momento, a Câmara Brasil Alemanha passou a ser identificada pelas três letras AHK – Außenhandelskammer.
Em 1994, inserimos a inscrição bilíngue para melhor identificação e leitura do nome da instituição.
Em 2001, adotamos a cor amarela ao lado esquerdo do retângulo, por ser um ponto em comum entre as bandeiras do Brasil e da Alemanha.
Por uma norma da DIHK, dois anos depois, inserimos o logotipo padrão das AHKs, apenas em português a fim de facilitar o entendimento.
Em 2005, inserimos a marca da Aliança Mercosul na parte esquerda do retângulo.
Por fim, a pedido da DIHK, adotamos o padrão internacional versão bilíngue com a marca Aliança Mercosul, usado até hoje.
Além disso, o Design não basta ser útil, funcional, bonito, intuitivo de usar, atraente e de custo acessível. Ele precisa ser produzido de forma prática e ordenada, otimizando a utilização dos recursos energéticos, financeiros e dos materiais empregados, de uma maneira prática, sustentável e econômica.
Um Design Gráfico estratégico atrai e engaja seu público-alvo. Grande parte do empresariado desenvolve sentimentos, sejam bons ou ruins, sobre uma empresa com base nas experiências que tiveram com a marca. Uma vez que elaboramos uma marca bem projetada, inspiramos confiança e transmitimos profissionalismo. Portanto, a criação de um design limpo, funcional e fácil de utilizar deve despertar os sentimentos certos em relação à sua empresa nas pessoas.
Para mais informações e orientações sobre o assunto entre em contato conosco: dtp@ahkbrasil.com ou (+55 11) 5187-5208.
Flávia Viana dos Santos é a Diretora do Departamento de Criação da Câmara Brasil-Alemanha.
Recentemente, o Brasil Design Award, que tem como objetivo reconhecer e destacar a capacidade criativa e inovadora do design na economia nacional, selecionou projetos elaborados pela sua equipe de criação nas categorias Design Editorial e Design de Impacto Positivo.
A publicação comemorativa “100 anos Câmara Brasil-Alemanha – O futuro é a nossa tradição” concorreu na primeira categoria e o “1º Guia Brasil-Alemanha de Inclusão – Viver Diversidade!”, em português, (“1. Deutsch-Brasilianisches Inklusionshandbuch – Vielfalt leben!”, em alemão) concorreu na segunda, conquistando o bronze.