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Sustentabilidade Destaque
26 de março de 2025

Com 5 milhões de imóveis abastecidos pela geração própria nos telhados e solo, energia solar atinge 55 gigawatts como um todo no Brasil

Por Redação Brasil-Alemanha News

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Foto: divulgação ABSOLAR

A fonte solar acaba de atingir a marca de 55 gigawatts (GW) de potência instalada operacional no Brasil, segundo balanço da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), com o somatório da geração própria de pequenos sistemas com as grandes usinas solares conectadas no sistema nacional e espalhadas pelo País. O marco é acompanhado pelos 5 milhões de imóveis (unidades consumidoras) abastecidos pela geração distribuída fotovoltaica nos telhados e pequenos terrenos.

No acumulado, atualmente, são cerca de 37,4 GW de potência instalada da fonte solar na geração própria e aproximadamente 17,6 GW de capacidade operacional nas grandes usinas conectadas no Sistema Interligado Nacional (SIN). Pelo balanço da ABSOLAR, a fonte solar já evitou a emissão de cerca de 66,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade, contribuindo para a transição energética no Brasil. Atualmente, a tecnologia representa 22,2% de toda a capacidade instalada da matriz elétrica, sendo a segunda maior fonte.

Desde 2012, o setor fotovoltaico trouxe ao Brasil mais de R$ 251,1 bilhões em novos investimentos, gerou mais de 1,6 milhão de empregos verdes e contribuiu com mais de R$ 78 bilhões em arrecadação aos cofres públicos. Apesar do relevante crescimento da última década, o setor tem enfrentado grandes desafios que prejudicam a aceleração da transição energética sustentável no País. Entre os principais gargalos identificados pela ABSOLAR, estão a falta de ressarcimento aos empreendedores pelos cortes de geração renovável e os obstáculos de conexão de pequenos sistemas de geração própria solar, sob a alegação de inversão de fluxo de potência, sem os devidos estudos técnicos que comprovem eventuais sobrecargas na rede.

Na avaliação da ABSOLAR, se não fossem esses entraves, o setor poderia contribuir ainda mais na sustentabilidade e atender um volume maior de consumidores, de todos os perfis, que buscam economia, independência e autonomia. No caso das grandes usinas solares, a ausência de ressarcimento pelas regras da Aneel para os cortes de geração traz insegurança jurídica e maior percepção de risco.

Atualmente, a participação da geração própria solar ainda é pequena, de cerca de 5%, frente às 93,9 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no mercado cativo brasileiro. “Com a queda de mais de 50% no preço dos painéis solares nos últimos dois anos, vivemos o melhor momento para se investir em sistemas fotovoltaicos em residências, empresas e propriedades rurais. E ainda há um enorme potencial de crescimento do uso da tecnologia fotovoltaica”, apontou Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.

Já Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, destaca que, ao aproximar a geração de eletricidade dos locais de consumo, a geração própria solar reduz o uso da infraestrutura de transmissão, alivia a pressão sobre a operação e diminui as perdas em longas distâncias, o que contribui para a confiabilidade e a segurança em momentos críticos como verificado neste início de ano, de calor elevado e alta demanda por energia elétrica no Brasil.

“O avanço da energia solar também amplia o protagonismo do Brasil na geopolítica da transição energética global, sendo uma das fontes mais competitivas e a mais democrática. E contribui fortemente para o desenvolvimento social, econômico e ambiental, em todas as esferas da sociedade”, acrescentou Sauaia

A ABSOLAR ressalta a necessidade de aprovação do Projeto de Lei nº 624/2023, que institui o Programa Renda Básica Energética (REBE), justamente para trazer soluções aos desafios enfrentados pela geração distribuída solar com as alegações de inversão de fluxo de potência, tão prejudiciais aos consumidores e às operações do segmento. “Além de beneficiar famílias em condição de pobreza energética, este PL atualiza a Lei nº 14.300/2022, corrigindo restrições de conexão às redes de distribuição, que atualmente inviabilizam milhares de sistemas de geração distribuída solar e prejudicam o direito do consumidor de investir em seu sistema de geração própria solar”, pontuou.

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