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20 de agosto de 2021

Companhia aérea brasileira Azul quer comprar 220 ‘carros voadores’ de startup bávara

Por Julia Batagliotti

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Foto: Divulgação Lilium

A empresa informou que pretende aumentar a conectividade no Brasil e acelerar seus compromissos ambientais

A Azul, companhia aérea brasileira, assinou uma carta de intenção com a startup bávara Lilium para formar uma malha exclusiva com ‘carros voadores’ no Brasil. O negócio pode chegar a um valor total de até 1 bilhão de dólares e inclui uma frota de 220 aeronaves electric vertical take-off and land (eVTOL), com operação prevista a partir de 2025. O pedido de aeronaves ainda está sujeito à finalização dos termos comerciais entre as partes.

Por meio dessa potencial malha aérea, a Azul pretende aumentar a conectividade no Brasil. Segundo a companhia aérea, a parceria reforça a estratégia da Azul em acelerar seus compromissos ESG (sigla em inglês para questões ambientais, sociais e de governança) por meio de uma aeronave 100% elétrica e com emissão zero de carbono.

A Lilium é tida como uma das desenvolvedoras mais promissoras dos eVTOLs – sigla em inglês para veículos elétricos de pouso e decolagem vertical, como são chamados oficialmente os “carros voadores”.

A aeronave da startup alemã tem cabine para seis passageiros (os projetos de outras empresas preveem quatro) e poderá voar até 250 quilômetros – enquanto os outros modelos devem fazer distâncias mais curtas.

O investidor e Diretor Estratégico da Lilium, Alexander Asseily, aposta no Brasil como um dos principais mercados para a companhia. Ele explica que o mercado brasileiro de helicópteros é um dos maiores do mundo, mas é limitado pelo preço e pelo barulho. De acordo com Asseily, a startup pode fazer esse transporte disponível não só para quem usa helicópteros, mas também para um grupo maior de pessoas.

A Lilium também está à frente no processo de certificação na Europa. Em 2020, a European Union Aviation Safety Agency (EASA) concedeu ao projeto da empresa o primeiro dos documentos necessários para voar. O negócio firmado entre Lilium e Azul é não só um reflexo da intensa relação econômica entre Brasil e Alemanha, mas também é exemplo da parceria bastante relevante entre Brasil e Baviera. A Lilium GmbH tem papel crucial nos planos brasileiros para inovação e desenvolvimento social e econômico, em especial no que tange ao setor aeronáutico do Brasil.

Estabelecida em Wessling, Baviera, desde 2015 e gestada na Universidade Técnica de Munique (TUM), a Lilium é uma startup avaliada em 3 bilhões de euros (2021), com mais de 4 escritórios ao redor do mundo e em torno de 600 empregados. A partir de investimentos-anjo, capital de risco e investimento público, a empresa desenvolve veículos elétricos de ponta, firma parcerias com importantes players do mercado (como Lufthansa e Aciturri), conta com hubs nos aeroportos de Munique, Nuremberg e Dusseldorf e, ainda, pondera listagem na bolsa Nasdaq, de Nova York. 

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