Secretário Especial Roberto Fendt participa da 1ª reunião de Diretoria da Câmara Brasil-Alemanha em 2021

Foto: Divulgação AHK São Paulo

Os membros da Diretoria da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo) se reuniram nesta sexta-feira, dia 29 de janeiro, para a primeira Reunião de Diretoria de 2021. O encontro foi realizado novamente em formato digital e teve como finalidade discutir as perspectivas econômicas e sanitárias deste ano, considerando os impactos negativos da pandemia e o início da campanha de vacinação no País. 

Manfredo Rübens, Presidente da instituição e Presidente da BASF para a América do Sul, iniciou a reunião em tom otimista. “Este novo ano promete muitos desafios, mas tenho certeza de que será repleto de conquistas e possibilidades de retomada”, disse. 

Em seguida, o Cônsul Geral da AlemanhaDr. Thomas Schmitt, comentou a atual situação política alemã. Com as eleições regionais e federais se aproximando, as expectativas são grandes em torno do sucessor de Angela Merkel, atual Chanceler do país. Além disso, Dr. Schmitt relatou as medidas tomadas para prevenção da contaminação do Coronavírus na Alemanha.  

Complementando a fala do Cônsul Geral, o Diretor de Vendas da Lufthansa América do Sul e Vice-Presidente da AHK São PauloTom Maes, explicou as ações que a empresa tomará com relação a possíveis fechamentos de fronteiras em países europeus e da América Latina. Segundo ele, os vôos continuarão sendo realizados diariamente. 

Já Jens Gust, Cônsul Geral Adjunto da Alemanha, expôs dados ecônomicos do país durante a recente segunda onda do vírus. “A situação da economia alemã não é exatamente boa, mas temos fatores que causam otimismo para uma recuperação favorável nos próximos meses. O principal deles é o início da vacinação, que com certeza será a salvação tanto para diminuir o número de casos e mortes quanto para a retomada econômica”, afirmou. 

O CEO do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Paulo Vasconcellos Bastiantambém participou da reuniao e trouxe informações sobreo atualcenário da pandemia no Brasil. “Ainda que tenha havido um aumento na procura de leitos de UTI desde o fim de novembro, acreditamos que os números se estabilizarão e que a cidade de São Paulo não sofrerá com a falta de leitos”, disse. 

Bastian aproveitou a oportunidade para exaltar o papel do Brasil como modelo mundial de vacinação. “Aproximadamente mais de 100 milhões de brasileiros são vacinados por ano, o que torna o Brasil uma forte potencia para uma campanha de vacinação bem-sucedida. O problema que temos que encarar é a produção em escala federal das vacinas”, explicou. 

Ainda sobre o processo de imunização, Bastian comentou os dados de distribuição das vacinas no Brasil, além de explicar sobre quando os resultados da vacinação poderão ser observados. “Ainda não se sabe ao certo quantas pessoas devem ser vacinadas para que haja o que chamamos de imunidade de rebanho. Por conta disso, acreditamos que a vacinação só apresentará efeitos significativos a partir do segundo semestre de 2021”, finalizou.  

Para comentar as perspectivas políticas e econômicas brasileiras para 2021, o encontro contou com a participação de Roberto Fendt, Secretário Especial de Comércio Exterior e Relações Internacionais. Fendt respondeu perguntas sobre economia, controle da pandemia no País, sustentabilidade e a importância da imagem do Brasil no exterior 

Ao explicar as ações realizadas ao longo do ano passado para conter o avanço do vírus e para controlar a economia, o Secretário afirmou que o governo está atuante e disposto a tomar as medidas necessárias para enfrentar a segunda onda da doença. “Entre os paises em desenvolvimento, nós fomos o que mais agiu. Tomamos medidas para auxiliar os brasileiros a se manterem saudavéis e empregados durante este período. E, como resultado destas ações, temos uma projeção de crescimento econômico de 3,5% para 2021”, explicou. 

Após ser questionado acerca da importância de melhorar a imagem do país, principalmente no campo ambiental, Fendt ressaltou o papel do governo como protetor do território nacional. “Não negamos que os problemas ambientais existam, mas estamos empregando todas as nossas forças para melhorar o quadro de desmatamento. Isso é tão importante para o governo que o próprio Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão, está encarregado de liderar ações de patrulhamento na Amazônia. A preocupação mundial com o meio ambiente brasileiro é justificável, mas a atenção maior sobre o assunto parte de nós”, disse. 

O Secretário definiu dois pontos importantes a serem executados neste ano. Um deles é a efetuação do acordo entre União Europeia e Mercosul, inclusive para encorajar os avanços ambientais no Brasil. Adicionalmente, Fendt defendeu a entrada do País à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como uma possibilidade de abrir a economia brasileira. 

Por fim, o Secretário comentou algumas conquistas realizadas pelo governo ao longo dos dois anos de poder. “O dano causado às contas públicas provinha desde antes da pandemia e foi agravado por ela. Contudo, já apresentamos resultados notáveis nestes dois anos, como a Reforma da Previdência e a aprovação da Lei de Saneamento, que foi uma vitória para mudar o cenário trágico de brasileiros que não tem acesso à agua potável e saneamento”, finalizou.