Cento e vinte mulheres moradoras do bairro Sarandi, em Porto Alegre (RS), foram contempladas pelo projeto SuperElas, uma iniciativa do Núcleo de Defesa da Mulher (NUDEM) e do Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente (NUDECA) da Defensoria Pública do Estado, com o apoio da Aldeias Infantis SOS.
Uma das parcerias de grande importância nessa ação foi com a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, que está à frente do projeto SuperElas, viabilizado por meio do apoio da Aldeias Infantis SOS para selecionar as mulheres assistidas, e que contará com cursos profissionalizantes de duração de três meses.
Entre as escolhidas para participar das capacitações está Aline Tavares, moradora da comunidade Asa Branca há mais de 35 anos e Assistente de Desenvolvimento Familiar e Comunitário, função que a envolve no acompanhamento de cerca de 70 famílias participantes da ação humanitária realizada pela Aldeias Infantis SOS no bairro.
“Em praticamente todas essas famílias há mulheres inseridas no SuperElas. Estão todas eufóricas com a oportunidade, e eu também estou. Moro há 37 anos no bairro e, ao acompanhar as famílias, pude contribuir diretamente com o trabalho da Aldeias Infantis SOS, gerando resultados na comunidade onde vivo há décadas, conectando essas mulheres aos projetos que a organização e seus parceiros oferecem”, relatou Aline.
O Sarandi foi um dos bairros mais atingidos pelas enchentes que devastaram a capital Porto Alegre e outras centenas de cidades do Rio Grande do Sul em maio. Em muitas comunidades que já viviam em extrema vulnerabilidade socioeconômica, as famílias perderam o pouco que tinham, sem auxílio para recomeçar. Diante desse cenário desolador, a Aldeias Infantis SOS iniciou sua atuação na região após a inundação de sua unidade, localizada no mesmo bairro, com uma ação humanitária para apoiar as famílias atingidas, viabilizada por parcerias com empresas privadas, órgãos públicos e doações diretas da sociedade civil.