BASF inicia parceria para capacitar agricultores brasileiros em biodiversidade

Foto: Divulgação BASF

A BASF e a Solidaridad fizeram uma parceria para entender como as atividades agrícolas sustentáveis podem ter um efeito maior sobre a biodiversidade, a conservação ambiental e a coexistência da agricultura e dos polinizadores, como as abelhas. O projeto será conduzido em uma rede de pequenos e médios produtores de soja no Brasil. Os parceiros contarão com o apoio de duas organizações: A GeoApis, para monitorar as abelhas manejadas e facilitar a comunicação entre agricultores e apicultores, e a Wheatley Young Partners, para avaliar a viabilidade de um mercado natural no Brasil, onde os agricultores são pagos para entregar e manter projetos de serviços ambientais em suas terras. A primeira fase do projeto começou em janeiro de 2024 e deve durar doze meses.

A produção de soja desempenha um papel fundamental no setor global de alimentos e rações. No entanto, sua expansão levantou preocupações sobre a perda de biodiversidade em regiões importantes, incluindo o Brasil, o maior produtor mundial de soja. Reconhecendo a importância da sustentabilidade, os parceiros querem enfrentar esses desafios e promover mudanças positivas. “O que há de novo nesse projeto é a abordagem de cocriação com várias partes interessadas. Queremos desenvolver conjuntamente métricas e práticas para favorecer a criação de um ambiente biodiverso que sejam aceitas e alcançáveis por todas as partes interessadas – agricultores, ONGs, a indústria e outros especialistas”, disse Sergi Vizoso-Sansano, Vice-Presidente Sênior da BASF Agricultural Solutions Latin America.

O número de fazendas, as métricas coletadas e as atividades realizadas serão definidos em conjunto durante o projeto. “Estamos muito animados com essa parceria, pois a base do nosso trabalho é apoiar os agricultores a produzir melhor e reduzir o impacto ambiental da produção de alimentos”, disse Rodrigo Castro, Country Manager da Solidaridad no Brasil. “Apoiaremos pequenos e médios produtores de soja com assistência técnica para aumentar a resiliência produtiva e a sustentabilidade das fazendas. Ajustes nas atividades realizadas na propriedade, bem como novas práticas, serão promovidos para criar um contexto favorável à biodiversidade e à produção”, acrescentou.

O foco especial do projeto está nos polinizadores, como as abelhas. Embora a maioria das variedades de soja seja criada para ser autopolinizadora, estudos demonstraram que os insetos polinizadores podem ter um impacto positivo na produção de soja. A polinização ou a polinização cruzada pode aumentar o rendimento em até 12%, melhorando o conjunto de sementes, ou o número de sementes que uma planta produz por vagem de soja.

“Pode haver desvantagens na produção de alimentos quando há falta de certeza, valor, conscientização e acesso às práticas mais sustentáveis. Em um mundo em que a preservação da biodiversidade é fundamental para o nosso futuro, precisamos criar soluções que integrem o aumento da biodiversidade nas fazendas com a agricultura produtiva. Estamos entusiasmados com o potencial dos mercados naturais para incentivar os agricultores a melhorar suas práticas sustentáveis”, acrescentou Vizoso-Sansano.

Com base nas percepções obtidas no campo, os parceiros desenvolverão e testarão a viabilidade de um mercado natural no Brasil. A meta de longo prazo é criar um ecossistema no qual os agricultores sejam incentivados a oferecer projetos positivos para a natureza juntamente com as práticas agrícolas existentes. Por exemplo, as empresas poderiam atingir suas metas ambientais comprando créditos positivos para a natureza por meio de um mercado que pague aos agricultores para que realizem e mantenham projetos e práticas ambientais em suas terras.