Para pacientes com câncer, cada segundo conta e representa uma oportunidade de compartilhar mais momentos com a família e pessoas queridas. Por isso, o acesso ao tratamento integral e de qualidade é prioritário. O problema é que grande parte desses pacientes não tem acesso a todas as linhas de tratamento, tanto no sistema de saúde público (SUS) como privado (planos de saúde).
No âmbito do SUS, apesar de existirem definições sobre os procedimentos para cada estágio da doença e perfil de paciente, um ponto comum em todo o país é o deficiente acesso à informação e aos tratamentos. Já os planos de saúde, que são regulados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), oferecem os tratamentos listados no Rol de procedimentos, garantindo a cobertura mínima obrigatória. Porém, nem todas as linhas de tratamentos oncológicos estão disponíveis na lista, já que a avaliação dos tratamentos aprovados no país para a possível inclusão na lista – que está acontecendo nesse momento, inclusive – é feita a cada dois anos.
Tendo em vista esse cenário, a Bayer, o Instituto Vencer o Câncer (IVOC) e o Instituto Oncoguia se uniram para lançar a campanha “Por Nós”, em prol do tratamento integral de câncer colorretal e hepático, com o objetivo de ampliar o debate sobre a importância do acesso a todas as linhas de tratamentos aprovadas, como o caso dos oncológicos orais. A campanha será totalmente digital e trará conteúdos relacionados ao tema em diferentes mídias sociais.
“O intuito é conscientizar a sociedade e as autoridades sobre a importância do acesso ao tratamento integral do paciente com câncer colorretal e hepático, ampliando a oferta de tratamentos para que, assim, o paciente e o médico possam discutir a melhor opção para cada estágio da doença”, afirma Silvia Sfeir, diretora de Acesso ao Mercado & Advocacy da Bayer.
O desenvolvimento de terapias orais é uma tendência da área da oncologia há algum tempo. “A comodidade proporcionada aos pacientes tratados por quimioterapia oral versus a quimioterapia tradicional trouxe um ganho importante para todos, pois evita o deslocamento até o hospital ou até mesmo a estadia no local, trazendo também benefícios neste momento em que estamos vivendo de combate a uma pandemia. Isso significa que o paciente pode ficar mais tempo seguro em casa, com sua família”, explica Dra. Renata D’Alpino, oncologista do Hospital Oswaldo Cruz.
“O Rol da ANS tem por lei sua revisão a cada 2 anos. Para o Instituto Oncoguia, esse intervalo se mostra extremamente longo e inaceitável, podendo privar muitos beneficiários do acesso a procedimentos e medicamentos de comprovada eficácia e segurança já aprovados no país, como terapias antineoplásicas orais que trazem inúmeros benefícios para sua qualidade de vida. Isso é algo que, sem dúvidas, precisa ser revisto e que inclusive já bem sendo discutido também no congresso nacional”, afirma Luciana Holtz (porta-voz Oncoguia).
Joenes, 54 anos, apesar de sempre ter tido um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e prática de esportes, foi diagnosticado com câncer colorretal aos 49 anos, após sentir fortes dores abdominais. Exames complementares mostraram também metástase no pulmão e no fígado. Na ocasião, com uma filha de apenas quatro meses, Joenes e sua esposa, Patrícia, se viram perdidos e com medo do que vinha pela frente. “Foram cinco cirurgias em seis meses, somadas a quimioterapias e radioterapias”, conta Patrícia. Porém, de acordo com ela, o pior já passou. “Agora, já realizando o tratamento com a quimioterapia oral há um ano, vamos mensalmente ao hospital para fazer o acompanhamento e trimestralmente realizamos o pet scan. Ele está firme e forte. Seguimos otimistas, aproveitando cada momento com nossa filha, agora com cinco anos, cheios de energia e amor”.
“Quimioterapia oral é também sobre ter mais momentos de vida. Essa campanha é por todos familiares, amigos e pessoas em tratamento de carcinoma hepatocelular (CHC) e câncer colorretal (CRC). Por nós. O IVOC trabalha incansavelmente com as autoridades pela mudança deste quadro que só prejudica o paciente”, afirma o oncologista Fernando Maluf, fundador do Instituto Vencer o Câncer.