Por conta da reabertura das escolas decretada pela Prefeitura de São Paulo, o Colégio Humboldt voltará com aulas presenciais após passar por uma reestruturação de seus modelos educacionais. O Colégio, instituição bilíngue e multicultural (português e alemão) localizada em Interlagos (SP), já vinha trabalhando com o conceito de ensino híbrido há dois anos, perseguindo a necessidade de mudança e de disrupção dentro da educação, implementando diversas estratégias diferentes que foram essenciais para o sucesso do modelo de educação remota que vem sendo adotado durante a pandemia.
Desde 2018, o Colégio vem investindo em metodologias ativas e recursos digitais para se adaptar ao ensino híbrido, com a Suite do Google For Education com professores e alunos conectados via Google Classroom. “Adotamos esses recursos previamente e já vínhamos capacitando nosso corpo docente de forma contínua e com a pandemia, o que precisaríamos implementar, já tínhamos, mas não era utilizado. E com isso, conseguimos “saltar” com os professores”, avalia Erik Hörner, Vice-diretor do Colégio Humboldt.
O projeto tomou corpo e proporção com a ampliação de uso e domínio discente das ferramentas e a partir do início do ano letivo de 2020, as turmas de 8º do Ensino Fundamental II a 2ª série do Ensino Médio utilizam um Chromebook por aluno. Além disso, o Colégio investe constantemente na formação de docentes. Em julho e setembro de 2020, as jornadas de capacitação foram sobre ensino híbrido e também sobre estratégias de aulas com aplicação digital. Em 2021, o programa começou em janeiro e vai até o mês de abril com alguns sábados de trabalho. “A formação vai conciliar teoria e prática, focando no Planejamento Reverso e combinará aspectos da metodologia japonesa Lesson Study, uma estratégia centenária de formação de professores no Japão”, diz o Vice-diretor do Humboldt.
No momento pandêmico, o modelo híbrido de ensino-aprendizagem ganhou força e o Colégio Humboldt se preparou no mês de julho para que em setembro pudessem ter aulas presenciais e aplicar ferramentas híbridas para alunos que ficariam em casa, quando naquele momento, as aulas voltariam a ser presenciais, mas foram canceladas pelas autoridades. “No caso do Humboldt, com toda essa caminhada que já tínhamos construído anteriormente com as novas tecnologias, facilitou alguns aspectos: nos deu suporte para que o ensino remoto se constituísse dentro de um modelo específico”, constata.
Erik Hörner explica que o hibridismo implica em combinar ou misturar, em doses variadas, cada ingrediente de metodologias ativas, recursos digitais, ensino presencial e remoto, com foco em uma aprendizagem mais efetiva e significativa.
O modelo de ensino híbrido seguido pelo Colégio Humboldt é em formato de um plano semanal de estudos, distribuído em, aproximadamente, 2/3 assíncrono, com apoio docente, 1/3 síncrono com videoconferências. “O aluno consegue desenvolver esse plano em aula presencial e em casa também. É o planejamento que dá sentido para o ensino híbrido”, diz o vice-diretor do Colégio Humboldt. Agora, com a retomada das aulas presenciais, o Colégio pretende manter o método.