KPMG lista 5 tendências da indústria química em 2021

Foto: Divulgação / KPMG.

A indústria química passou por extremos em 2020. Enquanto novas empresas surgiam como fabricantes de desinfetantes e de reagentes de diagnóstico, outras passaram por grandes dificuldades. Seja para atender demandas repentinas ou lutando para sobreviver, em ambos os casos houve disrupção nos negócios. Essas são algumas das conclusões da publicação “Cinco tendências que moldarão a indústria química em 2021”, da KPMG.

O conteúdo destaca ainda que a mudança do setor foi profunda neste período. As estratégias estabelecidas no passado não são mais relevantes e a pandemia acelerou significativamente os programas de transformação, fato que ajudou muitas empresas a manterem suas operações. O digital continuará sendo prioridade em todos os aspectos da indústria química, mas há também outras tendências relevantes neste mercado.

“No Brasil as tendências estão alinhadas com as de outros países e a indústria química já se movimenta para expandir seu portfólio de produtos, buscar eficiência por meio da digitalização e priorizar soluções que favoreçam a cadeia de suprimentos. Muitas dessas ações têm a pandemia como impulsionadora, além do déficit de produtos químicos no país, o que inclusive pode ser agravado em função de diversas razões”, afirma Sergio Bento, sócio-líder do segmento de Produtos Químicos e Petroquímicos da KPMG no Brasil.

Embora os desafios do ano passado ainda não tenham ficado para trás, há sólidas evidências que sustentam a necessidade de a indústria química manter o foco em cinco áreas fundamentais em 2021.

1- Digitalização ampliada: o foco digital será na modificação de estruturas e processos, conectando front, middle e back office para que as informações circulem mais facilmente. Isso ajuda a garantir o acesso aos conhecimentos necessários para a tomada de decisões, o planejamento e o suporte. Uma empresa conectada exigirá mais tecnologias emergentes, como automação, robótica, inteligência artificial, aprendizado de máquina e processamento de linguagem natural. São investimentos que trarão ganhos de receita e eficiência.

2- Ampliação das metas de ESG: incorporar princípios ESG cria vantagem competitiva e práticas sólidas nesse sentido estão se tornando essenciais para recrutar funcionários, melhorar a marca e realizar investimentos. Em resumo, o ESG cria um círculo virtuoso para funcionários, clientes e investidores.

3- Aumento da diversidade na liderança: diversidade aumenta inovação, ajuda na aquisição e retenção de talentos e melhora as conexões do cliente com uma base de consumidores mais diversificada. Essa diversidade precisa ser refletida em toda a organização. As empresas químicas que terão mais sucesso nos próximos anos serão as que vencerem a guerra por talentos diversificados.

4- Aumento das fusões e aquisições: há possibilidades promissoras em ambos os lados da equação de compra e venda. Os portfólios devem ser avaliados estrategicamente para determinar onde concentrar os recursos finitos e atender aos objetivos de negócios. Se houver ativos no mercado considerados interessantes para aquisição, este pode ser um bom momento para consultar o proprietário.

5- Portfólios diversificados: as lições aprendidas em 2020 tornaram imperativo estratégico que as empresas químicas avaliem ativamente seus portfólios e determinem se uma mudança de direção é necessária. A diversificação não deve mais ser vista de forma negativa pelo setor, desde que diversificação não se torne uma desculpa para a falta de foco.

“Ao mesmo tempo que a indústria precisa implementar tendências de digitalização, investir em Pesquisa e Desenvolvimento e executar iniciativas direcionadas aos seus clientes, necessita também atuar nas demandas de ESG e não contribuir para o aumento de consumo de energia. A economia circular também está no centro das atenções no processo de descarbonização do setor”, afirma Manuel Fernandes, sócio-líder de Energia e Recursos Naturais da KPMG na América do Sul.

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