Metade dos CEOs esperam um retorno ao normal apenas em 2022, segundo KPMG

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A KPMG CEO Outlook Pulse Survey de 2021 revelou que quase metade dos CEOs mundiais inquiridos (45%) esperam um retorno ao normal apenas em 2022, por oposição a quase 31% que antecipam que este regresso será concretizado já ao final deste ano. As alterações trazidas pela pandemia do Coronavírus mostraram também que um quarto dos questionados (24%) de que o seu modelo que negócio foi alterado para sempre.

A pesquisa conduzida pela KPMG foi realizada entre fevereiro e março de 2021 e ouviu 500 CEOs de empresas globais sobre as medidas adotadas pelas empresas por conta da pandemia e também sobre as previsões para os próximos três anos. A maioria, 55%, está apreensiva com a demora do processo de vacinação dos colaboradores, o que influencia o regresso dos trabalhadores ao local de trabalho. Um terço dos participantes se mostraram inquietos quanto às informações públicas relativas à credibilidade das vacinas e quanto ao processo de vacinação, uma vez que esta desinformação pode potenciar uma recusa em ser vacinado por parte dos seus colaboradores.

61% dos líderes empresariais disseram que precisam ver o processo de vacinação com mais de 50% da população vacinada para avançarem com as medidas de regresso ao escritório. Quando os colaboradores puderem retornar com segurança aos seus locais de trabalho, um quinto das empresas prevêem instituir medidas adicionais de precaução e segurança, como por exemplo apenas aceitar visitas presenciais de pessoas já vacinadas.

Outro ponto debatido na pesquisa foi a implementação de medidas sustentáveis e sociais nos modelos de negócios das empresas. Após a volta dos Estados Unidos ao Acordo de Paris e o agendamento do encontro COP26 para finais de 2021, quase metade dos CEOs planejam pôr em prática mais medidas no âmbito do “ESG” (Environment, Social, Governance). A maioria (89%) dos líderes estão focados em “congelar” os ganhos na área da sustentabilidade e das alterações climáticas que as suas empresas obtiveram em resultado da pandemia. Praticamente a totalidade dos CEOs (96%) procuram dar mais atenção ao componente “Social” dos seus programas de âmbito ESG.

“Essa estudo abrangente revelou que alguns CEOs tomaram fortes medidas para transformar os seus modelos de negócio e para encontrar novas formas de trabalhar, acelerando profundas transformações – umas por opção, outras por necessidade. A pandemia tem sido também um catalisador para que os CEO reconsiderem o papel que as suas empresas têm na sociedade. Muitos líderes empresarias deram voz a temas que até então não muito debatido, como as alterações climáticas e a prestação de apoio às comunidades onde operam. É preciso continuar agindo neste sentido, pois há ainda muito para ser feito”, explicou Vitor da Cunha Ribeirinho, Vice-Presidente da KPMG Portugal.

Foram ouvidos CEOs de onze países diferentes (Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Espanha, Reino Unido, e Estados Unidos da América). Todas as empresas participantes têm receitas superiores a 500 milhões de dólares americanos e 35% deslas têm mais de 10 mil milhões de dólares americanos de receitas anuais.

Para conferir os resultados completos da pesquisa, acesse o link: https://bit.ly/3s6r4P3