Oktoberfest: o que a tradicional festa representa para economia bávara

Foto: Divulgação München

Todos os anos, a Oktoberfest de Munique atrai milhões de visitantes nacionais e internacionais. Ainda que a “Wiesn”, como a Oktoberfest é chamada pelos locais, seja o maior festival folclórico do mundo, a proporção de visitantes estrangeiros é de apenas 19%. A festa, que teve início em 1810, vem recebendo cada vez mais visitantes ao longo dos anos.

Deixando o aspecto turístico de lado, a Oktoberfest também se tornou um importante fator econômico para a cidade de Munique e para todo o Estado Livre da Baviera. Ela não apenas proporciona à cidade uma renda adicional, mas também aos anfitriões e aos apresentadores presentes no evento. Sejam taxistas, pousadas ou restaurantes: as receitas de quase todas as empresas são mais altas na época da Oktoberfest.

Em 2018, as receitas totais do festival foram de 1,25 bilhões de euros; No ano seguinte, 1,4 bilhões de euros foram arrecadados durante a festa. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Departamento de Trabalho e Economia (Referat für Arbeit und Wirtschaft – RAW) da cidade de Munique, os visitantes gastaram por volta de 448 milhões de euros (uma média de 71,12 de euros por pessoa) diretamente na Oktoberfest e cerca de 513 milhões de euros em hospedagem e gastronomia na cidade durante a duração das festividades. Devido à inflação atual, ao aumento dos preços e ao dólar forte para mais de 25 mil de visitantes esperados dos Estados Unidos, os valores deverão crescer novamente em 2022. Além disso, a Oktoberfest disponibiliza cerca de 13 mil vagas de empregos durante a temporada inteira.

Munique é a responsável pela organização da festa. Todos os anos os organizadores recebem mais de 1.100 inscrições de apresentadores e comerciantes que querem estar presentes na Oktoberfest, dos quais somente 550 são admitidos. Para que mais exibidores e os vendedores tenham chance de participar, a cidade implementou uma rotação entre os candidatos.

Com relação às barracas de cerveja, que eram pequenas no início, cresceram rapidamente e foram montadas pelas grandes cervejarias a partir de 1896. Até hoje, apenas cervejas produzidas pelas cervejarias tradicionais de Munique podem ser servidas na “Wiesn”. A cerveja deve estar em conformidade com os padrões de pureza da capital bávara, além de cumprir tanto a Lei de Pureza de Munique de 1487 como a Lei de Pureza alemã de 1906. Em 2010, as cervejarias da Oktoberfest e suas barracas tiveram um volume de venda de 7,3 milhões de litros de cerveja. Esta é uma boa renda para cada uma das cervejarias participantes.

A grande maioria dos visitantes da Oktoberfest (70%) vieram da Baviera, sendo que 62% vieram diretamente da área metropolitana de Munique e 8% do resto do estado. 9% Os visitantes de outros estados alemães correspondem a 9%. Já o restante dos turistas veio de outros países.