A Inteligência Artificial está cada vez mais presente no dia a dia e isso tende a aumentar. Prova disso são as projeções da pesquisa “Artificial Intelligence – In-depth Market Insights & Data Analysis“, da plataforma Statista, que revela um investimento de 71 bilhões de dólares na área em 2023. Esse número deve chegar a 126 bilhões de dólares em 2025, um aumento de 77,4%. Esses investimentos também chegam a pessoas com mobilidade reduzida e que precisam de equipamentos para suas rotinas.
É o caso do biólogo Sérgio Romaniuc Neto. Após um acidente com descarga elétrica, ele teve os braços amputados e hoje usa a prótese Bebionic Facelift, equipamento biônico multiarticulado com IA. A tecnologia é desenvolvida pela Ottobock, empresa alemã com atuação no Brasil desde 1970, e aplicada em próteses, órteses e cadeiras de rodas. Segundo o Diretor de Academy da Ottobock na América Latina, Thomas Pfleghar, aprimorar esses equipamentos resulta em qualidade de vida. “Ter tecnologia adequada ajuda não apenas a saúde física, mas também a mental, com melhoria na autoestima de pacientes”, afirma.
A Bebionic Facelift possui eletrodos que captam os estímulos corporais. “O equipamento aprende a realizar os movimentos, o que os torna mais orgânicos”, explica Pfleghar. Feita com material resistente, o que garante durabilidade, possibilita 14 posições de pinças nos dedos, para várias atividades. “É menos trabalhosa para usar, mais harmônica e possibilita menos esforço”, diz Sérgio.
Outro exemplo com IA é o Genium X3, um joelho com microprocessador que suporta atividades como corrida, natação e subida de escadas com passos alternados. O equipamento é utilizado por Daniel Dias, dono de 27 medalhas na natação nas paralimpíadas pelo Brasil. O joelho C-Leg 4 também possui essa tecnologia avançada. A prótese possibilita descer escadas, rampas e percorrer terrenos irregulares. Apresenta ainda a função de recuperação de tropeço, ao ativar resistência contra quedas e recuperar o equilíbrio. Vinícius Rodrigues, medalha de prata nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, no atletismo, usa esta prótese. “Tecnologia inovadora para pessoas com mobilidade reduzida produz paratletas campeões”, resume Pfleghar.