A pesquisa AHK Climate Action Compass 2024, conduzida pela Confederação Alemã das Câmaras de Comércio e Indústria (DIHK, em sua sigla em alemão), avaliou como empresas ao redor do mundo estão lidando com desafios e oportunidades climáticas.
O levantamento, que contou com a participação de mais de 2.200 empresas, de diferentes setores e regiões, evidenciou um panorama otimista sobre o engajamento empresarial em questões climáticas na América do Sul.
Na América Latina, os dados revelam uma postura proativa: 90% das empresas na região identificam oportunidades econômicas em práticas sustentáveis, como eficiência energética e economia circular.
Outro destaque é que cerca de 45% das empresas sul-americanas já implementaram estratégias de neutralidade de carbono, superando a média global. No entanto, desafios como infraestrutura limitada e custos ainda são barreiras frequentes.
Olhando especificamente para o cenário brasileiro, 95% das empresas entrevistas enxergam oportunidades de negócios em conexão com a agenda de proteção climática, com destaque para as áreas de geração de energia a partir de fontes renováveis (74%), eficiência energética na indústria (60%) e E-mobilidade (44%).
Globalmente, 72% das empresas afirmam ter incorporado ações climáticas em suas estratégias. Entre as iniciativas, eficiência energética e uso de fontes renováveis lideram, com 68% dos entrevistados apontando estas práticas como prioritárias. Apesar disso, custos elevados e infraestrutura limitada ainda são barreiras significativas.
“Em termos de proteção climática, as empresas são frequentemente as pioneiras, pois são elas que devem implementar as medidas primeiro”, explicou Volker Treier, Chefe de Comércio Exterior da DIHK. “Muitas das nossas empresas veem oportunidades significativas aqui – mas apenas se as condições forem adequadas. Infelizmente, esse geralmente não é o caso.”
Os resultados da pesquisa revelam que, em alguns países, a conscientização sobre a necessidade de aumentos significativos em energia renovável melhorou em comparação a dois anos atrás. Quase um quarto das empresas pesquisadas (24%) confirmam a presença de uma estratégia climática confiável em seus países anfitriões. “Em muitos locais, faltam as estruturas e incentivos certos para impulsionar uma transformação real”, afirmou Treier.
Os resultados refletem o papel crescente da sustentabilidade como fator estratégico, incentivando a colaboração internacional para superar barreiras e ampliar o impacto positivo.
Os resultados completos da pesquisa estão disponíveis para download aqui.