A Pesquisa Global NextGen 2022 da PWC é o mais extenso estudo sobre a próxima geração de líderes de empresas familiares. Os dados coletados mostram como a pandemia de covid-19 uniu as gerações em torno de um objetivo comum: impulsionar o crescimento para garantir a estabilidade dos negócios e da família.
No Brasil, mais da metade dos participantes da pesquisa com a futura geração de líderes dizem que a expansão para novos setores e mercados é prioridade-chave, seguida pelo crescimento dos negócios. Para as empresas familiares, o crescimento é a consequência de um negócio estável e uma medida de sucesso em um mundo em transformação. Elas precisam manter e construir o legado que as gerações anteriores criaram para garantir a prosperidade e o patrimônio da família. À medida que a família se expande em novas gerações, esse crescimento precisa ser de dois dígitos. Entretanto, o crescimento por si só não é suficiente. O sucesso das empresas familiares é multidimensional.
“A pandemia acelerou mudanças e a transição de poder em muitas empresas familiares. Nossa pesquisa mostra o desejo da futura geração de líderes de aprender novas competências para impulsionar o crescimento dos negócios em tempos tão incertos e o compromisso dela com a construção da confiança, algo que é uma marca registrada dessas empresas.” Carlos Mendonça, Sócio e líder de Serviços para Empresas Familiares da PwC Brasil.
O crescimento é uma área complexa para as empresas familiares, com a combinação de elementos emocionais e financeiros. A regra geral costuma ser: a cada dois anos, o negócio precisa crescer 10% para manter o patrimônio da família em um nível constante, à medida que as gerações se expandem. É um desafio para qualquer empresa, ainda mais difícil por causa da pandemia e da ameaça das mudanças climáticas.
Manter a abordagem habitual não será suficiente para lidar com o cenário atual de incerteza. Os futuros líderes terão que desenvolver seu próprio plano de sucesso. E para manter a estabilidade e alcançar o crescimento necessário para obter sua “licença para operar”, será preciso superar limites e desafiar uma mentalidade arraigada há anos – “a forma como sempre foi feito.”
A futura geração precisará de novas capacidades além do conhecimento digital para responder às preocupações ambientais, sociais e de governança (ESG): alcançar emissões líquidas zero, gerenciar as novas tendências da força de trabalho à medida que enfrentamos “a grande onda de pedidos de demissão” e identificar novos mercados em um mundo pós-pandemia.