A indústria de vidros é um dos setores industriais que mais utiliza energia na Alemanha. Altas emissões de CO2 são geradas durante a produção. A maior parte da energia utilizada é gerada durante o processo de derretimento. Os materiais brutos que formam o vidro são derretidos em fornos refratário em temperaturas de até 1700 graus Celsius. O derretimento de vidro é um processo altamente complexo, o desenvolvimento de novas tecnologias é portanto associado com diversos desafios.
O grupo de tecnologia SCHOTT está atacando a esta tarefa e quer gradualmente descarbonizar seus processos. A empresa está pesquisando modos inovativos para derreter vidro usando eletricidade verde e hidrogênio verde.
O grupo está agora demonstrando a viabilidade técnica de manufaturar vidros especiais de baixo CO2 para a indústria farmacêutica ao configurar uma planta piloto em uma escala industrial. Ao longo dos últimos dois anos, os especialistas da SCHOTT vêm fazendo trabalho básico em diversos projetos de pesquisa. Agora, a empresa está indo para a próxima etapa: Os resultados da pesquisa serão testados em escala industrial em um inovativo tanque de fusão.
“Nossa transformação tecnologia é uma grande tarefa. Ela requere uma massiva mudança na produção de vidros e, em alguns casos, inovações revolucionárias. Nós estamos investindo muito aqui para atingir nossas ambiciosas metas climáticas.” explicou o Dr. Frank Heinricht, Presidente do Conselho de Administração da SCHOTT AG. “O financiamento aprovado nos ajuda a desenvolver essas inovações técnicas na Alemanha.”
Por volta de 40 milhões de euros estão sendo investidos no “PROSPECT Pilot”, projeto para a construção e uso de novos tanques de fusão de vidro. O projeto será realizado na Bavária.
O projeto será desenvolvido pelos próximos três anos. A planta piloto será alimentada prioritariamente por energia verde. Emissões de gases do efeito estufa devem diminuir em 80% comparado às tecnologias atuais.
“A proteção climática é um desafio enorme para a indústria do vidro. Nós estamos contentes de poder apoiar essa indústria no caminho da neutralidade de emissão de gases do efeito estufa com este projeto piloto. No final das contas, o objetivo é eletrificar os processos o máximo que for possível para abandonar o uso de energias fósseis. Toda a indústria de vidro será descarbonizada à médio prazo com a ajuda deste know-how.” disse Dr. Mario Hüttenhofer, Diretor do Centro de Competência para Indústrias de Uso Intensivo de Energias na Alemanha (KEI).
A promoção de processos sustentáveis faz parte do programa “Descarbonização na Indústria” do Ministério Federal de Economia e Proteção Climática da Alemanha (BMWK).