A VW Caminhões e Ônibus anunciou, no final do ano passado, o investimento de R$ 110,8 milhões para a expansão do negócio de caminhões elétricos no Brasil. A notícia foi revelada por Roberto Cortes, presidente e CEO da empresa no país, em São Paulo. O aporte conta, em parte, com financiamento do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, e também com recursos próprios, advindos do atual ciclo de investimentos de R$ 1,5 bilhão – o maior da história da VWCO.
Esses recursos destinam-se à adaptação do centro de desenvolvimento e produção da VW Caminhões e Ônibus em Resende (RJ), para a montagem do e-Delivery e para pesquisa, desenvolvimento e lançamento do novo produto.
A empresa avança rápido no desenvolvimento da mobilidade elétrica no Brasil: até o fim de 2019, dezessete protótipos elétricos e-Delivery farão o maior teste de validação e avaliação de engenharia do Brasil, com objetivo de viabilizar a homologação e início da produção previsto para o segundo semestre de 2020.
Os testes serão realizados no campo de provas da montadora, onde engenheiros especializados da marca conduzem simulações que permitem agilizar o resultado das avaliações. Com um projeto altamente eficiente e a expertise dos profissionais da VWCO, a pista pode representar, em um período de seis meses, o equivalente a dez anos de condições normais de rodagem.
“Estamos muito avançados no desenvolvimento do nosso portfólio elétrico. Alcançamos uma grande maturidade com o conceito modular para elétricos, o que vai nos possibilitar entregar o desempenho operacional exigido pelos nossos clientes. A fase agora foca na validação estrutural, de durabilidade e outros requisitos funcionais para, então, expandirmos nossos testes em parceria com clientes”, explica Roberto Cortes, presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus.
Além disso, o e-Delivery passa por ensaios em condições reais de operação. Faz parte desse total de elétricos o e-Delivery que já opera na distribuição de bebidas da Ambev em São Paulo. Em um ano, o modelo rodou mais de 15 mil quilômetros em testes de engenharia e condições reais de aplicação, deixando de emitir mais de 11 toneladas de CO² e economizando o equivalente a mais de 3.300 litros de diesel.