Em apenas 20 anos, a Índia despontou mundialmente como um dos maiores players globais no setor de serviços. Agora, uma série de reformas na economia e o poder de sua vasta mão-de-obra dão sinais de que, nos próximos anos, o país poderá se tornar, também, líder em exportação de bens manufaturados. Algumas previsões dão conta de que, em 2040, os mercados domésticos indiano e chinês, juntos, serão 10 vezes maior do que todo o desempenho anual da Europa. Esse cenário é o pano de fundo de um estudo desenvolvido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que será divulgado na próxima quinta-feira (4).
Além de traçar um panorama do crescimento indiano nas últimas duas décadas e elaborar uma análise do comércio entre o país asiático e a América Latina e o Caribe, o estudo também avalia os possíveis impactos dessa nova conjuntura para os negócios latinoamericanos. E vai mais além. Propõe políticas para que países como o Brasil saibam aproveitar as lições e oportunidades econômicas em um futuro próximo.
Segundo o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, “qualquer análise rápida sobre a complementaridade entre as duas economias mostra que existe potencial para um massivo comércio bilateral”. No relatório, ele explica ainda que a motivação do estudo “é compreender e promover o comércio e a integração entre as duas economias”.
Lançamento
O lançamento do estudo nomeado “Índia: Lições, Oportunidades e Desafios para o Brasil e a América Latina” será realizado pelo BID em conjunto com o Instituto para a Integração da América Latina e Caribe (INTAL) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN).
O evento, na sede da FIRJAN, terá a participação de autoridades indianas como Bellur Shamara, Embaixador da Índia no Brasil, e Suman Berry, diretor do Conselho Nacional de Pesquisa Aplicada da Índia, bem como de representantes de empresas e entidades brasileiras.
