Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, a Câmara dos Deputados da Alemanha aprovou uma nova legislação que obriga companhias do país a destinarem às mulheres 30% dos cargos não executivos nos conselhos de administração das empresas, altos postos na hierarquia empresarial.
A lei foi criada depois de uma série de estudos indicarem que o público feminino estava muito pouco representado no mercado de trabalho, apesar do país europeu ter na liderança a chanceler Angela Merkel desde 2005.
O novo sistema de cotas entrará em vigor em 2016 e irá afetar mais de cem companhias com órgãos de fiscalização. Além delas, mais de 3.500 empresas de médio porte terão de determinar sua própria cota para vagas como de diretoria e de conselho de supervisão.
Para Manuela Schwesig, ministra alemã para Mulheres, Questões Familiares, Cidadãos Idosos e Jovens, o projeto de lei aprovado hoje é um “passo histórico” para a igualdade de direitos. Segundo o Guardian, Schwesig ainda disse que as mulheres necessitam ter voz nas decisões a respeito de condições de trabalho e de pagamento.
Uma pesquisa publicada nesta sexta no jornal Handelsblatt mostra que 59% das empresas de médio porte não têm mulheres em cargos de liderança, quantidade inferior à média de 36% do continente europeu.
Para o ministro da Justiça, Heiko Maas, do SPD, as cotas são “a maior contribuição de direitos iguais desde que o direito ao voto para as mulheres foi introduzido”, acrescentando que a legislação poderá alavancar mudanças culturais na Alemanha.
Com informações Opera Mundi