Às vésperas das eleições presidenciais na França, Nicolas Sarkozy, atual presidente do país, anunciou que, em caso de reeleição, iniciará um debate a respeito do papel do Banco Central Europeu (BCE). Sua pretensão é que o banco, cuja principal função atual é controlar a inflação, possa estimular o crescimento da zona do euro.
No entanto, o pronunciamento do presidente francês foi recebido com cautela pelo governo da Alemanha, pois, durante cúpula do Conselho Europeu em dezembro de 2011, ambos acordaram em não infringir a independência do BCE em suas decisões e não declarar publicamente sobre a atuação do banco durante a crise.
O porta-voz do governo de Angela Merkel, Steffen Seibert, declarou que a posição da Alemanha em relação às funções do BCE continua a mesma, defendendo a austeridade e disciplina fiscal para refrear a crise, e que o banco deve agir sem ser pressionado. “Nós também concordamos que há a necessidade de promover o crescimento econômico na Europa, por isso estamos tomando iniciativas que colocam o crescimento sustentável e o emprego como prioridades na agenda das conferências da União Europeia”, completou Seibert.