Acabaram as especulações: foi enfim anunciado o plano que auxiliará a Grécia a sair da crise. Negociado entre os países da União Europeia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE), o valor da ajuda será de € 110 bilhões, sendo que € 30 bilhões serão cedidos pelo FMI e € 22,4 bilhões pela Alemanha, maior economia da UE.
No primeiro ano, a contribuição alemã será de € 8,4 bilhões e o restante da quantia será quitado ao longo de mais dois anos. O país, entretanto, além de ter de reembolsar o empréstimo, teve que se comprometer a seguir um rígido plano de austeridade para que a ajuda financeira pudesse ser versada.
Assim, durante os próximos anos, a Grécia terá que reformar seu sistema financeiro e seguir à risca as condições impostas pelos negociadores do plano. O FMI, a Comissão Europeia e o BCE deverão monitorar o país durante 3 anos.
Lições a serem aprendidas
Após a desestabilização da zona euro decorrente da crise grega, medidas preventivas deverão ser tomadas para que casos parecidos não venham a acontecer no bloco. A Chanceler alemã Angela Merkel declarou que é preciso “tirar algumas lições da situação”. Assim, espera-se que haja mais rigidez na regulação dos mercados financeiros e da especulação.
Ademais, será preciso rever o pacto de estabilidade e crescimento da União Europeia, a fim de que o Euro permaneça estável. A Alemanha é a favor da criação de uma agência reguladora europeia para defender a cultura de uma economia social de mercado, fazendo com que os mercados financeiros se tornem mais sólidos e reativos.