América Latina e Caribe crescerão 5,2%, diz estudo

A América Latina e o Caribe devem consolidar a recuperação iniciada a partir do segundo semestre de 2009 e atingir uma taxa de crescimento de 5,2%, apontou o relatório da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL) apresentado nesta quarta-feira (21).


A América do Sul é a região que apresenta melhor desempenho, sendo o Brasil o país que mais crescerá (7,6%), seguido pelo Uruguai (7%), Argentina (6,8%) e Peru (6,7%). A expansão das principais economias se deu com base no consumo privado, nas políticas públicas e, em menor grau, no impulso das exportações.


Alicia Bárcena, Secretária Executiva da CEPAL, chamou a atenção, entretanto, para a disparidade de expansão entre os países. “O crescimento é mais alto do que se previa. Porém o desempenho é muito heterogêneo dentro da Região. Destacam-se os países do MERCOSUL e aqueles que tiveram maior capacidade de implementar políticas públicas”, afirmou.


Colômbia, Equador e Nicarágua, por exemplo, apresentaram desempenho baixo, com crescimento de 3,7%, 2,5% e 2,0%, respectivamente. Já a economia do Haiti cairá 8,5%, como consequência dos efeitos do terremoto ocorrido em janeiro deste ano.


Segundo o relatório, a consistência econômica da maioria dos países da América Latina e do Caribe que antecedeu a crise é responsável pelos bons resultados atuais. Eles aproveitaram um momento oportuno para equilibrar suas contas públicas, reduzir suas dívidas e aumentar suas reservas internacionais.

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