Graças a um projeto piloto de Comércio Justo, desenvolvido pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) de Minas Gerais, artesãos do Vale do Jequitinhonha e do distrito de Santo Antônio do Leite (Ouro Preto) receberam uma encomenda de mais de 1.500 produtos de uma distribuidora holandesa, a Barbosa do Brasil.
Por meio da iniciativa, o Sebrae espera aumentar significativamente a participação do artesanato tradicional mineiro no mercado internacional. A compradora é responsável por distribuir produtos genuinamente brasileiros a uma rede de mais de mil lojas de presentes, a World Store, na Holanda e na Alemanha.
De acordo com as exigências do projeto da Sebrae, a rede de lojas respeita os princípios do Comércio Justo, como o respeito ao meio ambiente, à legislação trabalhista, transparência na gestão e rígido controle de qualidade.
Além disso, faz parte do projeto propiciar um contato direto entre os representantes da Barbosa do Brasil, os demais compradores europeus e os artesãos mineiros.
Segundo Frieda Lammerds, da Barbosa do Brasil, o consumidor europeu está cada vez mais exigente em relação aos produtos que são socialmente justos e ambientalmente corretos. “Eles compram produtos com qualidade e práticos, mas também querem saber como foi produzido”, conta.
O Sebrae-MG também criou um catálogo de Artesanato Minas Gerais que será apresentado a possíveis compradores estrangeiros para estimular as vendas, com peças de cerâmica produzidas nas comunidades de Coqueiro Campo e Campo Alegre, no Vale do Jequitinhonha.