A União Europeia (UE) e outros seis países fizeram críticas à política brasileira para o setor automotivo, em reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo uma notícia publicada hoje (2) pelo jornal Estado de São Paulo, o grupo teria pedido na OMC, em Genebra, a suspensão da medida que aumenta a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para fabricantes que tenham menos de 65% de componentes nacionais em seus veículos.
Na prática, a ação do governo brasileiro, em vigor desde o início deste ano, beneficia fabricantes com produção no País e limita a importação de automóveis.
Segundo o grupo de países e o bloco europeu, a medida é “inconsistente com as regras internacionais” de comércio. Considerada protecionista, a ação do governo já foi tema de duas reuniões na OMC no ano passado. O aumento do IPI foi anunciado pela presidente Dilma Rousseff em setembro de 2011 e deve valer até o final do ano.
Por enquanto, apesar das críticas, o bloco europeu e os demais países (Austrália, os Estados Unidos, Hong Kong, Coreia, Japão e Colômbia) ainda não prestaram queixa formal na organização contra o Itamaraty.