O governo brasileiro e o setor privado deverão receber, a partir de julho de 2012 até julho de 2015, um apoio no valor de US$ 8 bilhões (cerca de R$ 14 bilhões) do Banco Mundial (BM) para combater a miséria. O apoio bilionário faz parte da nova Estratégia de Parceria (Country Partnership Strategy – CPS, no inglês) para o Brasil, anunciada pelo BM nesta última terça-feira (01).
A nova abordagem está ligada ao programa Brasil sem Miséria que visa melhorar as oportunidades sociais e econômicas para cerca 16 milhões de cidadãos mais pobres do País. Nesse contexto, a CPS tem o objetivo de reforçar o apoio à região nordeste do Brasil, onde vivem 59% dessas pessoas e, ao mesmo tempo, promover investimentos redutores de desigualdade em outras regiões, colaborando assim para a realização do potencial de crescimento do País e priorizando questões transversais como gênero.
Para isso, a estratégia traça um programa que prevê US$ 5,8 bilhões em novos financiamentos do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) aos governos Federal e regionais, além de US$ 2 bilhões em empréstimos da Corporação Financeira Internacional (IFC, sigla no inglês) para o setor privado ao longo dos dois primeiros anos fiscais da estratégia – 2012 e 2013.
Segundo a instituição, o programa foca em quatros pilares estratégicos, entre eles, a melhoria da qualidade e cobertura dos serviços para a população de baixa renda, o desenvolvimento econômico e social regional, além de uma melhor gestão de recursos naturais e o aumento da eficiência dos investimentos público e privados.
Nesse âmbito, o programa visa melhorar e expandir os serviços de creche para 40% da população mais vulnerável, aumentar os serviços de distribuição de água e tratamento de esgoto, reduzir a emissão de gases de efeito estufa, bem como reforçar a gestão financeira de estados e municípios.
Segundo o BM, além do programa de erradicação da extrema pobreza, a CPS está estreitamente alinhada com as prioridades do Governo, tais como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e do Programa Amazônia Sustentável.
