BC reduz projeção de crescimento do PIB brasileiro


 


A economia brasileira deverá crescer somente 2,5% em 2012, ao contrário dos 3,5% projetados no início deste ano pelo Banco Central. A nova estimativa consta no Relatório de Inflação, divulgado hoje (28) pelo órgão.


De acordo com o relatório, “a nova estimativa incorpora os resultados do primeiro trimestre de 2012, dados preliminares referentes ao segundo trimestre, período em que a retomada da atividade vem ocorrendo de forma bastante gradual, e a atualização do cenário macroeconômico para a segunda metade do ano”.


O número divulgado pelo BC difere da estimativa feita ontem (27) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante o anúncio de mais medidas de estímulo à economia. Segundo ele, o crescimento do PIB deve ser superior a 2,5% neste ano.


Seguindo a tendência das estimativas do BC, a última edição do Monitor da Percepção Internacional do Brasil (MPI-BR), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revelou que agentes internacionais também estão menos otimistas com a economia brasileira. O índice trimestral, publicado nesta quarta-feira (27), mostra que as expectativas em relação ao crescimento do PIB brasileiro nos próximos 12 meses atingiram o nível mais baixo desde o início da pesquisa, com índice de 5 pontos. Isso representa uma queda de 9 pontos em comparação à edição passada, de março deste ano.


Mais de três quartos dos respondentes esperam que o PIB cresça entre 1,6% e 3,5%. Aqueles que projetam crescimento acima de 3,5% chegam a 17%, já os que esperam crescimento inferior a 1,6% somam 7% do total. Com relação à inflação, houve variação modesta, passando de 23 para 25 pontos positivos. Contudo, a resposta mais frequente (41% dos casos) ainda aponta para uma taxa de inflação acima da meta oficial nos próximos 12 meses, em torno de 5,5%.


Durante a apresentação do documento, André Pineli, coordenador do Monitor, destacou que houve uma queda significativa no índice temático relativo às expectativas dos agentes internacionais quanto à dimensão político-institucional do País, constituindo uma tendência de redução da avaliação positiva. Em março, o índice ficou em 35 pontos, e em junho registrou 25.


Sobre um encolhimento relativo da indústria brasileira de transformação, 50% dos respondentes atribuíram-no à perda de competitividade relacionada ao Custo Brasil, que inclui infraestrutura deficiente, excesso de burocracia e impostos elevados. 


* Com informações da Agência Brasil

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