A Bosch fechou o ano fiscal de 2017 com vendas totais de 6,1 bilhões de reais na América Latina, incluindo as exportações e as vendas das empresas coligadas, o que representou um aumento de 7% quando comparado a 2016. “A América Latina continua a ser uma região estratégica para a Bosch e o nosso desempenho positivo reforça isso”, diz Besaliel Botelho, Presidente da Robert Bosch América Latina. Em 2017, o setor de Soluções para Mobilidade foi positivamente impactado pelo crescimento significativo da produção de veículos no Brasil e na Argentina. Da mesma forma, os negócios de Bens de Consumo, Tecnologia Industrial, Energia e Tecnologia Predial também contribuíram para o bom desenvolvimento do Grupo Bosch na região.
As operações do Grupo no Brasil foram responsáveis por 80% do volume de vendas na América Latina, atingindo 4,9 bilhões de reais, sendo 28% gerados a partir das exportações. Os mercados Latino Americano, Norte Americano e Europeu continuaram a ser os principais destinos dos produtos fabricados pela Bosch na região em 2017. Para o ano em curso, o Grupo Bosch espera um crescimento estável. “No primeiro trimestre de 2018, as vendas na América Latina continuam a mostrar um desenvolvimento sustentável e a Bosch permanece como uma das principais fornecedoras de soluções em eficiência energética e segurança, especialmente para o setor da mobilidade”, acrescenta Botelho. “Nós antecipamos uma demanda crescente por nossos produtos e serviços especialmente nos mercados da mobilidade, construção, agronegócios e mineração.
A Bosch na América Latina encerrou 2017 com cerca de 10 mil colaboradores, sendo 8.300 deles no Brasil. Para 2018, a empresa espera que este quadro permaneça estável.
América Latina conectada a soluções de IoT
A demanda por soluções de Internet das Coisas (IoT) na região também está aumentando. “Estamos expandindo os nossos negócios baseados em soluções inteligentes especialmente para as áreas de agronegócios, mineração e para a indústria”, disse Botelho.
Indústria 4.0: a Bosch tem investido em soluções de retrofit para possibilitar que o setor industrial brasileiro conecte suas máquinas de forma mais rápida e econômica. Em média, as máquinas no Brasil estão em operação há 17 anos, o que significa que não estão preparadas para a conectividade.
Entretanto, com os sensores Bosch, um software correto e um gateway de internet, é possível trazer a conectividade para as linhas de produção já existentes, incluindo soluções como: manutenção preditiva, monitoramento das condições e comunicação máquina a máquina. “Nossa solução I4.0 retrofit permite aumentar a capacidade de utilização em mais de 10%, enquanto reduz para quase a metade os custos de manutenção, inspeção de máquinas e de peças produzidas”, enfatizou Botelho.
Mina conectada: Os maiores desafios, que a indústria de mineração terá nos próximos anos, estão ligados à segurança, melhoria da produtividade, redução de custos operacionais e aumento da eficiência energética. Com isso, a Bosch quer agregar valor à cadeia produtiva da mina por meio da interconectividade de objetos, dispositivos, serviços e maquinários, que permitirão o gerenciamento automatizado, preditivo e preventivo de toda a operação. Um bom exemplo é o Connected Lockout System, que reduz o tempo de bloqueio e desbloqueio da energia para atividades de manutenção e já está em operação em uma grande mineradora no Chile. Outra solução inteligente é o Smart Feeder, desenvolvido para otimizar a manipulação de minerais por meio do monitoramento e comando local ou remoto de todas as funções do alimentador. Adicionalmente, o sistema garante o rápido bloqueio de fluxo de minerais.
Inteligência no campo: o agronegócio é outro importante setor para a Bosch na região. Um dos destaques da empresa é a Plataforma Bosch de Pecuária de Precisão, uma solução inovadora de IoT desenvolvida no Brasil que analisa a performance do gado de forma dinâmica, dentro do seu habitat natural e sem a necessidade de transportá-lo para o curral. Além disso, a empresa também vem trabalhando no desenvolvimento de soluções que visam aprimorar a produtividade e performance da agricultura de forma sustentável.
Contínua expansão na América Latina
O Grupo Bosch está presente na América Latina desde o início do século 20, com operações na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Panamá, Peru, Uruguai e Venezuela e, em 2018, planeja abrir um novo escritório de vendas no Paraguai. Com essa ampla presença, a empresa reforça sua estratégia na região que é desenvolver soluções orientadas para atender às demandas do mercado onde está presente.
Assim como em anos anteriores, a Bosch continua a investir na região e planeja um aporte de cerca 130 milhões de reais em 2018, que será direcionado principalmente para a modernização de suas linhas de produção e expansão regional. Esses investimentos são importantes para a continuidade do desenvolvimento e da competitividade do grupo na América Latina.
Proteção ambiental e responsabilidade social do Grupo Bosch
Todos os anos, o Grupo Bosch no Brasil investe cerca de 16 milhões de reais em ações de responsabilidade ambiental em suas fábricas, como o gerenciamento de resíduos, proteção da água, do solo e purificação do ar. Além disso, o Instituto Robert Bosch – braço social do Grupo Bosch no país – investe anualmente cerca de 3,8 milhões de reais em projetos sociais, culturais e educacionais com foco na educação complementar e profissionalizante de jovens.
Grupo Bosch: estratégia mundial e perspectivas para 2018
Em nível global, a Bosch planeja um crescimento em 2018 apesar do difícil ambiente econômico. Após atingir um recorde nos resultados em 2017, em vista aos riscos econômicos e geopolíticos, o Grupo Bosch mundial espera que as vendas cresçam entre 2% e 3% em 2018. Neste primeiro trimestre, a receita da empresa se igualou ao mesmo período no ano anterior e até mesmo aumentou em torno de 5% quando ajustado aos efeitos do câmbio. “Nossa empresa é inigualável quando se trata de combinar o conhecimento sobre conectividade com o amplo know-how da indústria e produtos. Esta é a proposta ímpar de valor do Grupo Bosch”, diz o Dr. Volkmar Denner, CEO mundial da Robert Bosch.
Denner vê a melhoria da qualidade de vida e a contribuição para a sustentabilidade ecológica e climática no topo da agenda da Bosch: “Nosso slogan ‘tecnologia para a vida’ é a motivação diária para desenvolvermos as melhores tecnologias para a proteção ambiental. Queremos ajudar a manter a mobilidade das pessoas enquanto melhoramos a qualidade do ar”.
E, para que o tráfego livre de emissões seja uma realidade, a empresa está fazendo grandes investimentos – tanto para tornar a eletromobilidade um sucesso de mercado, como também para aprimorar o motor a combustão. Inclusive, a Bosch fez grandes avanços com a nova tecnologia diesel na qual os engenheiros da empresa conseguiram reduzir as emissões de NOx a um décimo do limite permitido por lei. Em média, veículos de teste equipados com esta tecnologia já emitem não mais do que 13 miligramas de NOx por quilômetro rodado – uma quantidade consideravelmente menor que os 120 miligramas permitidos a partir de 2020. “Existe um futuro para o diesel e ele permanecerá como parte integrante das soluções para a mobilidade”, afirma o CEO mundial da Bosch.