A velocidade com que novos negócios são criados nos BRIC (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China) já é 40 vezes maior do que nos demais países, de acordo com a UHY, empresa de consultoria internacional sediada em Londres. O estudo levou em consideração o registro de startups nos últimos cinco anos em 19 países, incluindo o G8 e as economias emergentes.
Os BRIC criaram, em média, 18% startups por ano, contra 0,4% dos demais países. O presidente da UHY, John Wolfgang, considera “impressionante” a diferença entre os países desenvolvidos e as economias emergentes. Para ele, os governos podem fazer mais para encorajar o surgimento de startups. “Muitos dos entrevistados em nosso estudo destacaram altos impostos e complexa regulamentação trabalhista como barreiras ao crescimento para pequenas empresas”, afirma.
A pesquisa mostra que a Rússia é o país onde os novos negócios estão mais acelerados. O aumento anual foi de 25,6% nos últimos cinco anos. França (21,5%) e Estônia (9,1%) aparecem em seguida. O Brasil figura na 4ª posição no ranking, com um crescimento de 7,2% por ano entre 2006 e 2010 – crescimento mais rápido do que o registrado na China (6,9%) e na Índia (5,7%) no mesmo período.
Mais de 617 mil empresas iniciantes foram registradas no País em 2010, contra 467 mil no início da medição. Os setores onde o crescimento foi maior, de acordo com o estudo, foram os de serviços e de agricultura familiar.
Os piores resultados neste período ficam com Espanha (-14,6%), Irlanda (-7,6%), Estados Unidos (-6,7%) e Japão (-6,2%).