Apesar da crise do euro e do cenário de incertezas, a Alemanha deve registrar um aumento nas exportações nesse ano. A expectativa das empresas alemãs com o comércio exterior é “cautelosamente positiva” e o Brasil está entre os destinos mais promissores para os negócios.
Um levantamento da Confederação Alemã das Câmaras de Comércio (DIHK), realizado com 3.200 companhias sediadas na Alemanha com atividade em outros países, mostra que os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) continuam na mira dos executivos das multinacionais como principais mercados para 2012.
Entre as empresas que atuam no Brasil, 49% disseram que esperam uma melhora nos negócios ao longo do ano, enquanto apenas 3% preveem que a situação piore. A proporção dos que consideram positivo o cenário no Brasil é a maior entre os demais países do BRIC.
A avaliação otimista em relação ao Brasil reflete as expectativas para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, segundo o relatório. A política econômica do governo também contribui para esta visão. A pesquisa da DIHK destaca o controle da inflação como um dos pontos cruciais para que o País permaneça em boa posição para o mercado.
Com relação à demanda por produtos alemães, o levantamento destaca a Rússia, cujas importações da Alemanha aumentaram um terço em 2011, atingindo nível recorde.
A China também continua entre os melhores destinos para as empresas alemãs: 44% delas esperam melhoras nos negócios nesse ano.
Com base nas respostas dos entrevistados, a DIHK calculou um acréscimo de cerca de 4% nas exportações alemãs em 2012. O aumento é, portanto, ligeiramente menor do que a média de 6% registrada da última década.