Brasil terá menor crescimento do Brics em 2012


Relatório divulgado nesta terça-feira (27) pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) indica que a economia brasileira fechará o ano com um crescimento de, no máximo, 1,5%. É o menor percentual entre os países que compõem o bloco Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A maior previsão de crescimento é a da China, 7,5%, seguida pela da Índia (4,4%), da Rússia (3,4%) e da África do Sul (2,6%).



Pelas projeções para o próximo ano e 2104, a China e a Índia continuarão na liderança, registrando crescimento superior a 6,5%. O Brasil, segundo as estimativas, deverá crescer 4% no ano que vem e 4,1% em 2014.



No capítulo sobre o Brasil, a organização informa que a economia registra melhorias, porém abaixo da tendência geral de crescimento. Segundo o relatório, a inflação diminuiu e se estabilizou, há indicadores de confiança e projeções de queda no desemprego, mas existe a necessidade de mais investimentos nas exportações.



Em relação à economia global, o relatório diz que a projeção é “uma recuperação hesitante e desigual”, nos próximos dois anos. Para 2012, a estimativa é de que ela cresça 2,9%, e, para 2013, 2,4%. A OCDE recomenda que as autoridades assumam uma “política decisiva” para combater os efeitos da crise econômica internacional e evitar riscos de recessão.



“A economia mundial está longe de estar fora de perigo”, disse o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría. “Os governos devem agir decisivamente, usando todas as ferramentas à disposição para retomar a confiança e impulsionar o crescimento e a geração de emprego, nos Estados Unidos, na Europa e em outros lugares”, acrescentou.



O documento alerta para a fragilidade da economia norte-americana, enfraquecida pela recessão e sob efeito da crise global. Também informa que a geração de empregos no mundo está em baixa, registrando cerca de 50 milhões de pessoas desempregadas nos países pesquisados pela OCDE. Para os pesquisadores, a tendência é que a crise na zona do euro  deve permanecer, apesar das medidas de austeridade adotadas por vários governos da região.

Com informações da Agência Brasil

CCommons/Ken Teegardin
CCommons/Ken Teegardin