Os BRICs terão maior peso na economia global do que os países da zona do euro até 2015, aponta um estudo realizado pelo Instituto de Economia alemã de Colônia (IW Köln). O grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e, principalmente, China será responsável por 30% da produção global nos próximos anos, enquanto os países europeus ficarão com 13% dessa fatia.
Entre 2002 e 2010, a participação das importações de bens de consumo dos BRICs na economia mundial passou de 12% para 21%. Esse aquecimento econômico tem estimulado as exportações europeias e, em especial, da Alemanha. A economia alemã se beneficiou fortemente da demanda por parte dos emergentes nos setores químico, eletroeletrônico, de máquinas e equipamentos.
Por outro lado, o estudo revela que Estados Unidos e França, tradicionais destinos das exportações alemãs, vêm reduzindo sua importância. As vendas da Alemanha para os EUA caíram 5,4% entre 2005 e 2010.
No mesmo período, o volume total das exportações para os BRICs praticamente dobrou. No ano passado, o país exportou € 100 bilhões para os países do grupo, enquanto as vendas para os EUA somaram € 66 bilhões.
Conforme o Instituto, as oportunidades de crescimento nos países do BRIC estão longe de se esgotarem e o mercado alemão deve continuar a se mover na direção dessas economias emergentes.