Chanceler da Alemanha defende unidade fiscal

Defendendo que o momento é uma oportunidade para a Europa alterar seus tratados e fortalecer sua união monetária e fiscal, a chanceler Angela Merkel declarou hoje (2), em sessão no Parlamento, que a crise não será superada rapidamente.

Na reunião, Merkel reiterou sua rejeição à proposta da emissão de “eurobônus”, títulos emitidos pelo Banco Central Europeu (BCE) em nome do conjunto de países que utilizam a moeda comum. Segundo ela, “quem pedir a emissão dos eurobônus para enfrentar a crise da dívida europeia é porque não entendeu a crise”.

A superação da crise da dívida, então, só será conquistada com autonomia do BCE, garantindo estabilidade monetária na zona do euro. Ainda, a chanceler alemã acredita que a prioridade agora é construir bases sólidas para fortalecer a região por meio de uma nova unidade fiscal na área do euro, com mais disciplina no uso de recursos do orçamento público.

Neste caso, uma mudança de regulamentação poderia definir mudanças nas instituições de supervisão e nos mecanismos para cumprimento das metas. Para isso, Merkel apoia que critérios vinculantes contem com sanções automáticas aos países que desrespeitarem as metas comuns.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, que tem pressionado a União Europeia para reorganizar sua legislação, considera que garantir a estabilidade financeira do bloco é condição essencial para que a economia não entre em colapso.

Na próxima reunião de cúpula da UE, marcada para o dia 9 de dezembro, Merkel e Sarkozy pretendem anunciar um plano conjunto para combater os efeitos da crise com disciplina e união fiscal, além de repensar a reestruturação da zona do euro.

 

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