Assinar um tratado de livre comércio com os países que compõem o Mercosul. Esta foi a proposta feita pelo primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, em reunião em Buenos Aires com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e também, por videoconferência, com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e o presidente do Uruguai, José Mujica, nesta segunda-feira (25).
O Paraguai não pôde participar da videoconferência, por causa da sanção do Mercosul que proíbe o país de tomar parte dos encontros do bloco até o final do ano, em função da deposição sumária de Fernando Lugo da presidência na última sexta-feira (22).
Brasil, Argentina e Uruguai devem analisar a proposta durante reunião de cúpula que acontece na quinta (26) e na sexta-feira (27), na cidade argentina de Mendoza. Uma declaração conjunta de estreitamento das relações comerciais entre o Mercosul e a China poderá ser assinada no encontro.
Durante a videoconferência, Dilma Rousseff defendeu o fortalecimento dessas relações para enfrentar a crise econômica internacional. “Sabemos que os dois grandes mercados, Europa e Estados Unidos, estão com seu potencial muito comprometido, então é estratégico construir uma relação muito produtiva entre nossos países e a China”, avaliou Dilma.
“Nossa vinculação com a China é uma oportunidade histórica para lançar um grande desafio que é não sermos apenas produtores de matérias-primas, mas também agregar valor a nossa matéria-prima, porque temos que criar empregos para a nossa gente”, declarou, por sua vez, Cristina Kirchner.
Com informações da Agência Brasil