O índice de clima de negócios para a indústria e o comércio alemães teve, em fevereiro, o maior aumento desde julho de 2010. O indicador do Instituto Ifo, resultado de pesquisas mensais com 7 mil empresas, subiu 3 pontos em relação a janeiro, alcançando a marca dos 107,4 pontos.
A satisfação das companhias com a situação atual dos negócios e a expectativa para os próximos meses também cresceram – a primeira, em 2,1 pontos (para 110,2 pontos), e a segunda, em 4 pontos (para 104,6 pontos).
As informações foram divulgadas pelo Instituto Ifo nesta sexta-feira (22), mesma data em que o Escritório Federal de Estatísticas da Alemanha (Destatis) publicou os dados consolidados da economia alemã de 2012.
O órgão cofirmou que o PIB (Produto Interno Bruto) sofreu uma queda de 0,6% no 4º trimestre do ano (na comparação com os três meses anteriores), embora tenha crescido 0,7% no ano todo (em relação a 2011), como já havia divulgado na última quinta-feira (14). Contribuíram para a perda de ritmo de outubro a dezembro a baixa nas exportações (-2%) e nos investimentos em máquinas e equipamentos (-2%), enquanto que as influências positivas ficaram do lado do consumo das famílias (+0,1%) e do governo (+0,4%).
Ainda nesta sexta-feira, a Comissão Europeia anunciou suas previsões para a União Europeia (UE), a zona do euro e os países europeus em 2013 e 2014. De acordo com elas, o PIB da zona do euro só deve voltar a crescer em 2014: para este ano, a estimativa é de que encolha 0,3%, voltando a se expandir em 1,4% no ano que vem. Já a economia dos 27 países que compõem a UE crescerá nos dois períodos – 0,1% em 2013 e 1,6% em 2014.
Para a Alemanha, a Comissão Europeia prevê um PIB 0,5% maior em 2013 – um corte de 0,3 ponto percentual em relação à previsão anterior, feita em novembro – e 2% maior em 2014. “Os fundamentos da economia alemã, particularmente o mercado de trabalho robusto e a competitividade forte, juntamente com um ambiente externo melhor, devem capacitar a atividade econômica a voltar a ganhar fôlego ao longo do ano”, afirma o órgão no relatório, acrescentando que, no entanto, o desempenho mais fraco do que o esperado do PIB no segundo semestre de 2012 vai se refletir no crescimento esperado para este ano – que, portanto, será menor do que o anteriormente previsto pela Comissão.